Embora as primeiras árvores tenham aparecido nas vias públicas, da Pérsia, Egito e Índia, a pioneira rua arborizada data de 1660, Paris, com o objetivo de embelezar a cidade de proteger os movimentos militares, além de serem adequadas também como material para barricadas. Desde então, as árvores têm sido utilizadas em todas as cidades.
Segundo estudos acadêmicos, a arborização de ruas e avenidas no Brasil é uma prática relativamente nova em comparação aos países europeus. Estima-se que ela tenha iniciado há pouco mais de 120 anos. A primeira tentativa ocorreu nas ruas do Rio de Janeiro, com os preparativos do casamento de D. Pedro I. As cidades brasileiras eram muito tradicionais e a sua vegetação era mantida fora do perímetro urbano. Somente há pouco tempo é que a arborização começou a fazer parte efetiva da imagem urbana.
No Rio de Janeiro, o marco inicial da arborização pública foi com a criação do Real Horto, porém as mudas produzidas somente começaram a ser distribuídas pela cidade a partir da sua abertura ao público, em 1822.
Na Rua Santa Luzia, no centro do Rio de Janeiro, as figueiras-religiosa (Ficus religiosa L.) foram plantadas no ano de 1873 pelo botânico Francisco Freire Alemão, e é considerado um dos primeiros plantios em vias públicas do Brasil.
Ainda na segunda metade do século XIX, outros plantios foram realizados na cidade do Rio de Janeiro de maneira isolada, quando a visão da arborização se relacionava ao embelezamento da cidade e com preocupações de salubridade. São relatados na literatura alguns exemplos, como os realizados com as palmeiras-imperiais, como o plantio na Rua Paissandu de 1853, em frente ao Palácio Guanabara até a praia; no Largo dos Leões, em 1866; e na Avenida Mangue, na região portuária.
Em São Paulo, em 1913, houve uma intervenção urbanística inovadora para a época, o Jardim América, que se baseava no modelo de cidade-jardim, do inglês Ebenezer Howard, mas que não teve continuidade. 

Fonte: Departamento de Parques e Jardins, Secretaria de Serviços Urbanos.

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