Prêmio reconhece empresas e pessoas físicas que desenvolveram ações para reduzir os impactos ambientais

A Prefeitura de São Bernardo, gerida por Orlando Morando, concedeu na manhã desta terça-feira o primeiro selo de compromisso ambiental, ação para estímulo de projetos sustentáveis no município. Em evento inédito realizado no Teatro Elis Regina, no bairro Assunção, o prêmio foi entregue a 24 instituições da cidade, que receberam certificado da edição 2021, e reconhece empresas e pessoas físicas que tiveram ações de destaque para neutralizar e reduzir os impactos ambientais. 

A concessão do título seguiu critérios estabelecidos em edital de chamamento público, formalizado no Notícias do Município. O selo, iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal, tem como principal foco incentivar atuação responsável do ponto de vista socioambiental, em consonância com as metas dos ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), contidas no Programa Pacto Global, da ONU (Organização das Nações Unidas).

“Não é uma disputa, é uma conquista. As empresas ou pessoas outorgadas se inscreveram e, mediante edital, derivado de uma lei, institui o selo de compromisso ambiental. As pessoas físicas e jurídicas, grandes ou pequenas, empreendedores particulares, todos concorreram individualmente no mesmo grau de condições. Cada um disputou consigo próprio. A vitória é individual ao preencher todos os índices ligados à sustentabilidade fixados pela nossa equipe”, pontuou o secretário de Meio Ambiente, José Carlos Gobbis Pagliuca. 

A lista de instituições contempladas pelo prêmio teve a Basf, Ibis, Instituto Triângulo, Ciclo 3, Colégio Ábaco, Cooperativa Reluz, Dicma (Delegacia de Investigação de Infrações e Crimes contra o Meio Ambiente), Emeb Professora Annita Guedes, Golden Square Shopping, Rotary Club São Bernardo, UFABC, Cooperativa Cooperluz, Condomínio Swiss Park, entre outras.

Além de Pagliuca, o evento contou com as presenças do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Trabalho e Turismo, Hiroyuki Minami, e vereadores.

SEMINÁRIO - No mesmo local, logo após a entrega dos certificados, houve o seminário São Bernardo: O Clima e Perspectivas Socioambientais, Análises e Critérios, tendo como tema central a meta 13 da ODS, que trata de ação contra a mudança global do clima. 

Representante da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Maria Inês Sato destacou a necessidade de adoção de medidas urgentes para combater a mudança do clima. “Os principais efeitos podem ser diretos ou indiretos e socioeconômicos. Quando se fala em efeitos diretos, são as ondas de calor, inundações, enchentes, tempestades, que vão causar impacto na saúde por estresse térmico, com traumas físicos e psicológicos. Os efeitos socioeconômicos são as rupturas sociais, demográficas e culturais que vão levar a migração de grupos que dependem de recursos naturais, já escassos nessas situações, levando a conflitos atrelados às condições climáticas, como a seca prolongada”, disse Maria Inês, que é gerente do Departamento de Análises Ambientais, depois de enaltecer o selo de São Bernardo. “Se todos os municípios tivessem essa disposição, já seria ferramenta importante para conseguirmos melhorar a nossa qualidade ambiental e atender objetivos da ODS.”

Presidente da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Carlos Moraes apontou que há caminho de descarbonização do setor automotivo. Segundo ele, o setor investiu neste ciclo R$ 10 bilhões em novas tecnologias para produzir veículos mais eficientes em consumo. “Mas não adianta trazer novos veículos, novas tecnologias, se temos circulando ainda veículos antigos, que poluem bastante, às vezes, muito inseguros, com risco de acidentes. São 7 milhões de veículos a gasolina, nem flex. Temos cuidar dos novos, mas também ter atenção aos ‘velhinhos’.”