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O que fazemos com tanto lixo? Foto de Central de Triagem de resíduos sólidos, com pessoas separando os resíduos em esteira e outros equipamentos. Foto: SBA, 2020

 

 

 

 

 

 

Você já parou para pensar sobre a quantidade de lixo que produz, a cada dia, todos os dias, várias vezes por dia? É bastante, não é?

 

Estamos gerando muito lixo! Nos últimos anos, a geração de resíduos sólidos urbanos vem crescendo quatro vezes mais que a taxa de crescimento da população.

Imagens: Lixo se acumula na represa Billings:CBN 21/03/2014; Aterro: Wikimedia commons; Cooperativa: SBA.

 

Mas o que é o lixo?

 

Lixo é aquilo que não serve mais para quem se desfez dele.

Lixo é um termo popular. O termo técnico é resíduo sólido e ele é resultante da atividade humana. O resíduo que geramos pode ser sólido, líquido ou gasoso.

 

 

 

 

De acordo com a Lei Federal nº 12.305/2010, resíduo sólido é definido como material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade,  cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d´água, ou exijam para isso soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.

Essa lei também define o termo rejeito, como sendo os resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

E para onde vai o nosso lixo?

Em São Bernardo do Campo existem dois tipos principais de coleta do resíduo sólido domiciliar (aquele gerado nas residências): a coleta comum e a coleta seletiva.

A coleta comum ou convencional, com aqueles caminhões equipados que passam na porta das casas, transporta tudo o que é coletado para um aterro sanitário localizado em Mauá-SP. O aterro sanitário é uma obra de engenharia, implantado para a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

A implantação de um aterro sanitário tem por princípio a impermeabilização do solo e a instalação de redes de drenagem para os líquidos e gases resultantes da decomposição dos rejeitos aterrados. Os líquidos, chamado tecnicamente de chorume, é formado a partir da decomposição da matéria orgânica presente no lixo, sendo coletado e encaminhado para tratamento. Os gases também são drenados e tratados ou entram em combustão natural.

No aterro sanitário o lixo recebe cobertura de terra diariamente, sendo compactado em camadas ou células de tratamento, porque o aterro sanitário é também um sistema de tratamento que deve ser monitorado.

Já a coleta seletiva é um serviço diferenciado, realizada uma ou duas vezes por semana (dependendo do bairro). Trata-se de uma coleta específica para recolher os resíduos recicláveis (papel, papelão, plástico, metal e vidro).

Todos os materiais coletados nos dias de coleta seletiva são encaminhados para as cooperativas de Catadores: a Cooperluz e a Reluz, proporcionando trabalho e renda para esses profissionais. Nas cooperativas os resíduos recicláveis são separados por tipo de material que são enfardados e posteriormente vendidos para empresas recicladoras, onde é feita a RECICLAGEM: transformação industrial do reciclável em um novo produto.

 

 

 

 

 

 

A reciclagem está relacionada com a Economia Circular.

Veja mais detalhes no Capítulo SBC 4.0

clique aqui

 

Imagens das cooperativas Cooperluz e Reluz. Fonte: Acervo PMSBC.

 

 

 

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS


Em 2010 foi aprovada a Lei Federal nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Antes disso, o Brasil não tinha uma lei federal sobre o tema dos resíduos sólidos. Entre suas principais metas estão: a erradicação dos lixões e a implantação de coleta seletiva.

Uma de suas principais inovações é o estabelecimento da logística reversa para alguns tipos de resíduos (pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, eletrônicos, pneus). Ou seja, os fabricantes, comerciantes, importadores passam a ser responsáveis pelo produto depois do uso. Cabe ao consumidor entregá-los em pontos de coleta específicos.

 

 

ATERRO SANITÁRIO X LIXÃO

O aterro sanitário é uma obra de engenharia, conforme explicado e requer operação de compactação diária.Já o lixão é uma forma de deposição final descontrolada, proibida pela legislação, pois não apresenta medidas de proteção ambiental e polui o solo, o ar e as águas.No Brasil o fechamento e a recuperação ambiental dos lixões ainda é um desafio.

 

 

 

 

 

 

 

Se quiser saber ou confirmar o dia da coleta seletiva no seu bairro, acesse: 

www.sbclimpeza.com.br

 

 

 

JOGUE O LIXO NA LIXEIRA!


É importante cuidar de todos os tipos de lixo que produzimos, até os bem pequenininhos.
Quando jogamos lixo no chão, acontece a ação do vento e da chuva e esses resíduos vão sendo transportados, podendo parar nos rios e na Represa Billings, sujando nossa água.
Além disso, os animais também podem confundir pedacinhos de lixo com comida e ficarem intoxicados ou mesmo me enroscar em peças de lixo.
Às vezes mesmo um lixinho bem pequeno pode provocar muitos impactos. Por isso, precisamos jogar o lixo sempre na lixeira!

 

 

E como podemos separar nosso lixo?

 

VAI PARA A COLETA SELETIVA

VAI PARA A COLETA COMUM

Papelão, papel, jornal, revistas, cartazes

Restos de comida

Embalagens de plástico, sacolas, saquinhos

Papel higiênico usado

Embalagens de vidro

 

Latinhas de alumínio, latas (leite condensado, milho, atum)

 

Embalagens longa vida, CDs, DVDs, chapas de raio X

 

Isopor, cartelinhas de remédio, cápsulas de café, embalagens metalizadas

 

 

 

Em maio de 2021 novos materiais passaram a fazer parte da coleta seletiva: isopor, cartelinhas de remédio (blister), cápsulas de café (plástico ou metal), embalagens metalizadas (salgadinho, bolacha). O mercado da coleta seletiva é dinâmico, com o passar do tempo questões de viabilidade técnica e econômica vão sendo solucionadas, possibilitando a reciclagem de novos materiais

 

Podemos separar os resíduos recicláveis na nossa casa ou no nosso trabalho todos juntos, em um saco plástico ou caixa: papéis, papelões, metais, plásticos. A única exceção é o vidro, que precisa ser acondicionado separadamente por questão de segurança.

 

As cápsulas de café, por serem pequenas, precisam ser armazenadas em um saco plástico exclusivo e identificado, para que não sejam extraviadas no processo de triagem.

 

 

Os resíduos recicláveis precisam estar limpos e secos!

 

 

 

O lixo de São Bernardo em números

 

Vamos conhecer um pouquinho sobre as quantidades de lixo geradas em São Bernardo do Campo?

 

Só na coleta domiciliar, são mais de 700 toneladas por dia!

 

E cada habitante gera em torno de 1 quilo de lixo diariamente!

 

Confira os dados na tabela e gráfico ao lado:

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Plano Municipal de Resíduos Sólidos, 2010.

 

 

 

 

Fonte: Painel Estatístico, 2020, PMSBC. Disponível em: https://cutt.ly/LhbCLCb. Acesso em: 27 ago. 2020.

 

 

Para tomar as melhores decisões sobre a destinação do lixo, é necessário conhecê-lo.

 

Por isso, são realizados estudos para determinar a composição gravimétrica dos resíduos sólidos, em peso.

 

De acordo com o gráfico da composição gravimétrica, quase metade do lixo das residências é constituído por matéria orgânica, ou seja, restos de comida e resíduos de jardinagem.

 

A segunda maior quantidade é de papel e papelão – 20%. Em seguida, vem o plástico, que representa 16%.

A partir do gráfico, podemos perceber que mais de 40% dos resíduos gerados nas residências são recicláveis (papel, plástico, vidro ou metal).

 

Sendo assim, é muito importante realizar a coleta seletiva .

 

 

 

Um pouco de história...

Aqui em São Bernardo do Campo, no inicio da década de 1970, foi implantado um aterro sanitário na Estrada dos Alvarengas próximo da represa Billings, que naquela época era um lugar muito afastado da cidade. Hoje, porém, é uma região densamente urbanizada. 

Em 1976, foi aprovada uma legislação metropolitana de proteção aos mananciais que proibia a instalação de aterros sanitários nessas áreas protegidas para a produção de água, que incluía a bacia hidrográfica da represa Billings. Diante do que determinava a nova legislação ambiental, o município abandonou a operação de aterramento dos resíduos coletados, mas continuou utilizando a mesma área para deposição descontrolada dos resíduos dando origem a um Lixão que ficou conhecido como o Lixão do Alvarenga.

As atividades de deposição descontrolada nesse lixão perduraram por mais de três décadas, recebendo resíduos de diferentes fontes geradoras e além dos resíduos domiciliares coletados pela prefeitura, passou a receber resíduos das indústrias, dos serviços de varrição, desassoreamento de bocas de lobo, limpeza de rios, feiras livres, mercados e até resíduos dos serviços de saúde. Recebia também os resíduos do município de Diadema, formando nessa área um maciço complexo e heterogêneo em relação a composição dos resíduos, aumentando a periculosidade desse lugar localizado na divisa entre São Bernardo do Campo e Diadema.

   

Foto: PMSBC, s/d

Depois de muitos anos de deposição de lixo a céu aberto em área de proteção ambiental e seguidas multas aplicadas pela CETESB, a prefeitura de São Bernardo do Campo contratou uma empresa que implantou um aterro sanitário no município de Mauá. Por isso, passando a coletar e destinar os resíduos domiciliares de São Bernardo do Campo nesse aterro sanitário lá no município de Mauá. Mas o problema não foi totalmente resolvido porque o município de Diadema, com insuficiência financeira para igualmente assumir a destinação do seu lixo no aterro sanitário de Mauá, recebeu autorização da própria CETESB e permaneceu utilizando o Lixão do Alvarenga por muitos anos seguidos.

Outro lado da história desse lixão é o fato de que durante sua existência atraiu muitos catadores. Eram homens, mulheres, idosos, jovens e crianças que garimpavam o lixo todos os dias separando resíduos de interesse para a reciclagem. Eram famílias que sobreviviam no lixo e do lixo, pois se alimentavam de resíduos depositados pelos hipermercados. Embora a prefeitura de São Bernardo tivesse interrompido a destinação dos resíduos coletados no lixão, deixou lá um importante problema que eram os catadores naquela época “invisíveis” aos olhos do governo.

Inúmeras foram às intervenções realizadas pela prefeitura no sentido de impedir a continuidade da deposição de lixo naquela área com a instalação de barreiras físicas nos acessos, que logo eram removidas pelos catadores e tudo voltava a funcionar novamente. Em 1997, no inicio do segundo mandato de governo do prefeito Mauricio Soares foi tomada uma decisão de fazer o fechamento definitivo do lixão do Alvarenga, reconhecendo que ali existia um grave problema sócio ambiental a ser equacionado.

Para iniciar o enfrentamento desse desafio, a prefeitura criou um Grupo Técnico Executivo Inter secretarial constituído por representantes de todas as secretarias do governo com a finalidade de promover a erradicação socioambiental do Lixão do Alvarenga. Assim, a primeira intervenção foi a elaboração do cadastro sócio econômico das famílias e de todos os catadores vinculados ao lixão, visando diagnosticar e conhecer o universo do problema constituído por 376 pessoas dos quais 176 eram crianças e adolescentes entre 0 (zero) e 16 (dezesseis) anos.

Esse enfrentamento inicial foram passos difíceis e dolorosos ao reconhecer a complexidade e magnitude de um problema constituído por seres humanos vivendo dentro de um depósito de lixo, na mais indigna condição humana. Jovens que nunca tinham frequentado a escola e não saiam de dentro do lixão, aprisionados na mais humilhante exclusão humana. Crianças que nem sequer esperavam pela escolaridade porque não se sentiam sujeitos dignos de direitos básicos, nem as vacinas da saúde pública do País eles recebiam.       

 

 

  

 

Catadores no Lixão do Alvarenga. Fotos: PMSBC, s/d

 

 

 

 

Assim, o inicio das atividades de fechamento do lixão do Alvarenga, no marco  um projeto denominado  LIXO E CIDADANIA, começou propiciando os primeiros atendimentos de atenção básica de saúde às crianças e seus familiares e ações para providenciar o registro civil para todos que não possuíam esse documento básico da cidadania brasileira; a inclusão das crianças na escola e dos jovens em atividades ecoprofissionalizantes. Para a sustentação desse grupo social definitivamente afastado do lixão a prefeitura ofereceu cestas básicas por um longo período desde o fechamento até o inicio das atividades nos Centros de Ecologia e Cidadania e o processo de geração de renda .Enquanto esse processo de acolhimento se desenvolvia por meio da ação integrada das Secretarias de Desenvolvimento Social e Cidadania, que exercia a presidência do GTE, Secretaria de Educação, Secretaria de Assuntos Jurídicos, Secretaria de Habitação e Meio Ambiente que exercia a coordenação do GTE, Secretaria de Cultura e Secretaria de Esportes, a Secretaria de Serviços Urbanos tratou de planejar e implantar a Coleta Seletiva para a entrega voluntária de resíduos recicláveis instalando 7 PEVs- Pontos de entrega Voluntária na área central da cidade e alguns Ecopontos nos bairros.

Em paralelo, a Secretaria de Habitação e Meio Ambiente,  com apoio das Secretarias de Planejamento Urbano e Obras definiram áreas e construíram os Centros de Ecologia e Cidadania para abrigar os trabalho das Associações de Catadores, em ambiente salubre equipado com sanitários, vestiários, refeitórios e escritório, para o exercício do trabalho digno de segregação e comercialização de resíduos recicláveis. No âmbito desse processo coletivo, e antecedendo a implantação dos galpões de trabalho, o GTE conduziu a organização sócioprofissional dos catadores e a criação de duas Associações Profissionais constituídas por esses profissionais, conhecidas como Refazendo e Raio de Luz.

Importante mencionar que nesse processo também foram cadastrados os catadores de rua que foram igualmente organizados em uma associação profissional, assumindo a operação de um dos Centros de Ecologia e Cidadania. Essas duas entidades passaram a receber os resíduos oriundos da coleta seletiva, criando assim uma oportunidade de trabalho digno e geração de trabalho e renda. Importante destacar também que os primeiros passos dessas duas entidades, engajadas com o trabalho coletivo significou a imersão dessas pessoas num profundo aprendizado sobre as relações de trabalho e a convivência social que é continuo na vida desses grupos de pessoas que realizam trabalho importante para a recuperação e conservação dos recursos naturais.  

Sendo assim, em 2001, a Prefeitura de São Bernardo do Campo a prefeitura logrou finalmente a organização e criação das duas associações de catadores de materiais recicláveis, para trabalhar nos Centros de Ecologia e Cidadania, galpões construídos para essa finalidade e fazerem a triagem dos materiais provenientes da coleta seletiva por PEVs (pontos de entrega voluntária): era o início da coleta seletiva em São Bernardo do Campo.  

A partir de 2009 as Associações profissionais dos catadores foram transformadas em duas cooperativas, novas relações profissionais e obrigações trabalhistas se colocam ao desafio do contínuo aprendizado desses profissionais, que têm a parceria com a Prefeitura e atuam no Programa de Coleta Seletiva. No processo de criação das cooperativas foram inseridos trabalhadores que não são originários do segmento de catadores e os catadores  provenientes dos grupos iniciais, oriundos do lixão do Alvarenga constituíram o núcleo central dessa nova organização .

O trabalho separando recicláveis na cooperativa é muito diferente da realidade do lixão! Na cooperativa chegam só os recicláveis previamente separados, há equipamentos de proteção individual (EPIs), há maquinário para facilitar o trabalho e existe um grupo de trabalhadores unidos e com os mesmos objetivos.

 

 

Foto aérea do Lixão do Alvarenga. Foto: PMSBC, s/d

 

Assista ao vídeo de 1989, sobre o Lixo na Região Metropolitana de São Paulo:

 

Em São Bernardo do Campo, essa triste realidade ficou no passado!

 

PESSOAS NO LIXO NUNCA MAIS!

 

 

Em 10 de dezembro de 2019 uma roda de conversa relembrou a história da coleta seletiva em São Bernardo do Campo, a partir das histórias dos catadores de materiais recicláveis, conforme foto a seguir:

 

 

 

 

Há resíduos que, por oferecerem risco à saúde humana e ao meio ambiente, não fazem parte desse atendimento, nem da coleta comum e nem da coleta seletiva: são os chamados resíduos especiais. Para sua destinação é importante procurar pontos de entrega específicos:

 

Tipo de resíduo

Destinação

Lâmpadas fluorescentes

Lista de pontos de coleta em: www.reciclus.org.br

Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos

Lista de pontos de coleta em: www.greeneletron.org.br

Medicamentos vencidos

Farmácias e Farmácias das UBSs

Resíduos volumosos (madeiras, móveis, colchões)

Ecopontos

Óleo de cozinha usado

Lista de pontos de coleta em: www.saobernardo.sp.gov.br/ecooleo

Pequenas quantidades de entulho

Ecopontos

 

Em São Bernardo existem os Ecopontos, para onde é possível destinar:

  • Materiais recicláveis (papel, plástico, vidro, metal);
  • Pequenas quantidades de entulho (até 10 sacos de 100 litros por obra);
  • Volumosos (madeiras, móveis, colchões).

Veja qual o Ecoponto mais próximo de você: https://www.sbclimpeza.com.br/ecopontos

 

 

 

PROGRAMA ECO ÓLEO

 

 

 

 

O óleo de cozinha usado é altamente contaminante se descartado de maneira incorreta no meio ambiente.

 

Apenas 1 litro deste resíduo descartado na pia, por exemplo, pode contaminar até 25 mil litros de água!

 

Sem mencionar a capacidade de atrair animais como ratos, baratas e/ou até mesmo impermeabilizar o solo, afetando o meio ambiente. Em 2019, após um edital de chamamento, foi realizado um Acordo de Cooperação entre o Município de SBC e o Instituto Triângulo, conforme publicado no NM de 14/06/2019, visando a destinação do óleo de cozinha usado para a reciclagem.

 

A execução da coleta tem início na instalação dos pontos de entrega voluntária de óleo de cozinha usado. Antes da instalação é realizado  sensibilização e capacitação da equipe envolvida na atividade de recebimento. Além disso é importante após a coleta o acondicionamento, transporte e destinação do óleo. O Instituto Triângulo faz sabão  com parte do óleo  e a cada 2 litros de óleo de cozinha usado entregues nos pontos de coleta, são entregues 2 pedras de sabão.

 

A cidade é recordista em destinar seu óleo de cozinha usado para reciclagem, com mais de 50 mil litros arrecadados, entre 1 a 30 de novembro de 2019, entramos para o Guinness book, o livro dos Recordes!

 

Durante o ano de 2020, em meio a pandemia, a arrecadação não parou, foi realizada coleta porta a porta, na qual as pessoas podiam entrar em contato com o Instituto Triângulo para retirar no local e deixar as pedras de sabão ecológico, o qual também é algo importante para ajudar na assepsia. Com essa ação, conseguimos arrecadar de janeiro a dezembro de 2020, 116.951 kg de óleo usado, que foram destinados para reciclagem.

 

Faça a sua parte e participe dessa campanha! Confira os pontos de entrega de óleo de cozinha usado aqui  

 

 

 

Mas por que será que estamos gerando tanto lixo?

 

Agora vamos refletir sobre alguns fatores que aumentam nossa geração de lixo:

 

DESPERDÍCIO

 

OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA

 

CONSUMISMO

 

DESCARTABILIDADE

 

 

Desperdício, obsolescência programada, consumismo, descartabilidade têm relação com um consumo exagerado, além do necessário.

Não podemos perder de vista que todo nosso consumo está baseado em recursos naturais e que os processos produtivos necessitam de água e energia elétrica. Há uma base de recursos naturais que é finita no Planeta Terra e que possibilita a vida dos seres humanos. Além disso, durante os processos produtivos e ao final de sua vida útil são gerados resíduos.

Por isso, não é compatível com nossa condição natural estímulos de consumo exagerado, já que a base de recursos naturais é finita e há necessidade de destinação para todos os resíduos sólidos gerados.

 

 

QUANTA ÁGUA É GASTA PARA PRODUZIR (em litros)

 

 

 

 

Folha de papel

1 xícara de café

1 litro de leite

1 quilo de trigo

10

140

1000

1300

 

 

 

 

1 quilo de soja

Camiseta de algodão

Calça jeans

Carne bovina - 1 quilo

1800

2700

9000

15500

 

Fonte: Water Footprint

 

 

Falando especificamente da obsolescência programada: trata-se de uma estratégia para reduzir a vida útil dos produtos, diminuindo o tempo entre as compras. Um exemplo é quando um produto é projetado para deixar de funcionar em curto período de tempo, levando o consumidor a uma nova compra.

Há também a obsolescência simbólica, que consiste em reduzir a vida útil de produtos em perfeitas condições de uso. Ou seja, o consumidor descontinua o uso e busca por uma nova compra, sendo que o produto ainda pode ser utilizado. Como exemplos, podemos pensar em nosso comportamento de consumo em relação a: roupas, celulares, carros.

 

Em resumo, nossa atitude em relação ao lixo pode ser orientada pela Pedagogia dos 3Rs:

 

1) Reduzir: diminuir a geração de resíduos

Exemplos: substituir descartáveis por itens permanentes, evitar o desperdício de alimentos, planejar todas as compras de acordo com critério de necessidade, planejar bem as impressões em papel

2) Reutilizar: usar novamente, sem a necessidade de processamento

Exemplos: usar embalagens novamente (pote de sorvete para guardar feijão, embalagem de presente, caixas de papelão), usar o verso das folhas de papel, doar roupas e calçados em bom estado de conservação, comprar itens de segunda mão (livros, brinquedos, roupas, entre outros), participar de feiras de trocas

3) Reciclar: separar seus recicláveis e encaminhar para a coleta seletiva

Verificar mais informações em: www.sbclimpeza.com.br

           

A Pedagogia dos 3Rs está de acordo com a ordem de prioridade para gestão dos resíduos sólidos estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei Federal nº 12.305/2010: em primeiro lugar, pode-se evitar a geração do resíduo, a partir de mudanças de hábitos. Caso o resíduo já tenha sido produzido, pode-se tentar reutilizá-lo, prolongando sua vida útil. Posteriormente, esgotadas as possibilidades de reuso, os recicláveis podem ser encaminhados para a coleta seletiva, para que sejam reciclados.

 

Para entender ainda mais sobre Consumo Responsável, assista ao video do Programa Água Brasil:

 

 

 

 

Uma Experiência de Reutilização – As Feiras de Trocas

Desde 2017 a Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal vem promovendo Feiras de Trocas.

Há atividades voltadas especificamente para o público infantil: as Feiras de Trocas de Brinquedos e Livros Infantis, realizadas bimestralmente nos parques municipais e com divulgação antecipada.

Também são realizadas Feiras de Trocas de caráter mais geral, que possibilitam a reutilização de: livros, roupas, 

As Feiras de Trocas têm como objetivo promover a reflexão sobre consumo e a importância da reutilização, que prolonga a vida útil dos produtos, valorizando os recursos naturais utilizados para sua fabricação, além de retardar seu descarte e aumento da geração de lixo.

 

Para obter mais informações sobre as feiras de troca, clique aqui.

 

   

Fotos: PMSBC, SMA, 2017 a 2019

Feira de Trocas de Brinquedos e Livros Infantis

 

 

 

    

 

 

Fotos: PMSBC, SMA, 2017 a 2019

Feira de Trocas de Brinquedos e Livros Infantis

 

 

REFERÊNCIAS

 

ALANA. Feira de Trocas de Brinquedos. Disponível em: <www.feiradetrocas.com.br>. Acesso em: 13 set. 2019.

 

Barciotte, M. L.; Saccaro, N. L. Sensibilização e mobilização dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos: Desafios e Oportunidades da Educação Ambiental. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 2012.

 

Borba, M. P.; Besen, G. R,; Otero, P. Livro dos resíduos sólidos e atividades educativas. Coleção consumo sustentável e ação. São Paulo: 5 Elementos Instituto de Educação e Pesquisa Ambiental, 2012.

 

BRASIL. Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e dá outras providências.

 

Eigenheer, E. M. (Org.). Raízes do desperdício. Rio de Janeiro: Instituto de Estudos da Religião, 1993.

 

Freire, E. P. Plano Municipal de Resíduos Sólidos do Município de São Bernardo do Campo. São Bernardo do Campo: Prefeitura de São Bernardo do Campo, 2010.

 

Muniz, C. Uma vida sem lixo. São Paulo: Alaude, 2018.

 

Water Footprint. Pegada Hídrica. Disponível em: <https://waterfootprint.org/en/>. Acesso em: 10 mar 2020.

 

Atualizado em junho/2021

 

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