Eu os reconheço a todos. Reconheço-os pelas pisadas e por elas sei de seus humores, de seus sentimentos, de suas urgências, de seu contentamento ou aflição” (trecho do livro Vasto Mundo).

LEITORES DA CIDADE - “Eu os reconheço a todos. Reconheço-os pelas pisadas e por elas sei de seus humores, de seus sentimentos, de suas urgências, de seu contentamento ou aflição” (trecho do livro Vasto Mundo). O livro Vasto Mundo, lançado em 2001, foi a primeira obra publicada da autora Maria Valéria Rezende aos 59 anos.

A obra é um livro de contos, narrativas curtas que estão entrelaçadas por temáticas e histórias de personagens que habitam o imaginário do sertão nordestino, com sua oralidade, simbologias, resignação e resistências. Capítulos que se completam e sobrevivem por si só. 

Ao longo de seus dezoito contos, a autora nos apresenta a Vila de Farinhada e seus habitantes, e a partir de suas particularidades geográficas e históricas, nos emociona e nos faz apreender elementos universais como a opressão, a violência, a utopia e a esperança de uma vida melhor, através das histórias desse mosaico de personagens, de situações cotidianas e, em alguns casos, de fatos extraordinários.

Maria Valéria descreve a singularidade de um Brasil entre vários brasis. 

Neste vasto mundo de narrativas, brotam histórias de homens e mulheres, ora marcados por sua simplicidade, em outros momentos marcados por figuras de autoridade, como o padre e o coronel e, por fim, por personagens que anseiam por mudanças, como a professora que alfabetiza, a freira que se solidariza com os excluídos, os artistas itinerantes e as mulheres que se organizam para cantar contra o autoritarismo.

Histórias como do jovem Preá e sua paixão arrebatadora pela moça que chegou da grande cidade, do Padre Franz, que deixa a Europa para assistir os mais necessitados no sertão, de Maria Raimunda, que resiste cantando com outras mulheres contra as arbitrariedades do delegado local, da professora Zefinha, que lê as cartas que chegam da cidade para os habitantes analfabetos de Farinhada, do coronel Assis Tenório, que impõe o terror e o autoritarismo aos seus sitiantes e, por fim, do Professor Paulo Afonso, que abandona a família e deixa um pedaço de papel escrito, com uma letra bem caprichada: “Vou-me embora pra Pasárgada”.

“A vida é o que se vê, o que se sonha, o que se narra, o que se lembra ou se esquece? A vida é para sempre? ”

 

Vídeos Youtube

Conversa com a escritora Maria Valéria Rezende

TV Câmara - https://www.youtube.com/watch?v=qjdeFoKRUqk

O maior patrimônio do Brasil é o povo

TV Senado https://www.youtube.com/watch?v=P05-O4iNG6M

 

Livros da autora Maria Valéria Rezende no acervo da Rede de Bibliotecas Públicas de São Bernardo do Campo:

- Vasto Mundo (Bibliotecas Machado de Assis, Érico Veríssimo e Manuel Bandeira)
- Quarenta Dias (Biblioteca Monteiro Lobato)
- Histórias Daqui e D’Acolá (Biblioteca Guimarães Rosa)
- Hai-Quintal: Haicais Descobertos no Quintal (Biblioteca Monteiro Lobato)

Fonte: https://bibliotecapublica.saobernardo.sp.gov.br/

 

 

 

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