Chegamos ao nosso último post da série sobre astronomia e cosmologia para falar um pouquinho sobre meios de se conhecer mais sobre o assunto, seja para obter respostas ou para formular novas perguntas, nesse caso, por exemplo: quais as diferenças entre planetas e estrelas e asteroides? Por que não é possível a existência de planetas planos? Por que não é mais possível pensar que um corpo celeste com massa maior orbite um corpo que tenha massa menor? Como a gravidade pode interferir nas relações espaço e tempo?
O principal objetivo do Projeto Biblioteca Pública, Lugar de Conhecimentos é a de garantir o direito de democratizar os conhecimentos em todo seu processo, que envolve promover sua produção, facilitar sua circulação e estimular seu consumo, sua fruição como direitos de todos os cidadãos.
E a Biblioteca Pública é uma instituição que garante o direito ao acesso à informação e ao conhecimento de forma gratuita e com responsabilidade de realizar uma mediação segura e confiável.
Com a revolução da comunicação digital, o acesso à internet vem favorecendo o acesso a qualquer tipo de conteúdo sobre os quais tenhamos alguma curiosidade. A circulação de todo tipo de informações nos abre grandes possibilidades, mas também grandes responsabilidades. Fake news sempre existiram, mas hoje elas podem chegar a milhões de pessoas em poucas horas.
A democratização dos conhecimentos passa, portanto, pelo cumprimento de algumas etapas que se dão não necessariamente nessa ordem: o acesso à informação segura, consistente, que tenha sido checada; a possibilidade de trocar informações, de fazer os conhecimentos produzidos circularem e que eles sejam debatidos, que exista o diálogo; a oferta de canais que estimulem a formação dos interessados.
Os cursos à distância de astronomia ganharam lugar de destaque nos últimos anos e são sobretudo oferecidos por institui públicas de ensino. No caso da região do ABC, você sabia que a Universidade Federal do ABC, UFABC, vem ministrando um curso aberto e on-line de astronomia inteiramente gratuito?
Inclusive, hoje, dia 24.06 às 14h estreia uma nova aula; vai lá conferir!
https://www.youtube.com/channel/UCXekW-WCwD265w4FS2AiidA
https://astronomiaufabc.wordpress.com
A Universidade de São Paulo, a USP também possui um canal de divulgação científica que oferece um curso ead de astronomia
https://bit.ly/38bUO4G
https://bit.ly/2YGq3Sw
Optamos aqui por divulgar duas iniciativas de instituições públicas de ensino mais próximas da gente, mas sabemos que na internet a barreira do espaço foi bem enfraquecida. É possível pesquisar cursos gratuitos on-line em universidades ao redor do mundo.
Outro ponto importante: indicamos aqui ofertas de instituições públicas não somente porque são gratuitas, mas porque costumam produzir informações mais consistentes e seguras pois são universidades que trabalham com ensino, pesquisa e extensão, o que torna seus professores, especialistas em pesquisa, em checar fatos.
Há também aqueles que são curiosos por um tema, mas não tem tempo ou disciplina para seguir num curso, que demanda organização; preferem responder suas curiosidades de forma rápida, mas é preciso que seja confiável.
Nas redes sociais existem hoje milhares de canais de divulgação científica e são muito importantes, inclusive para despertar vocações adormecidas.
Por exemplo, quais são os furos científicos do filme Gravidade, de 2013, do diretor Alfonso Quaron, que recebeu Oscars e prêmios no festival de Cannes?
Seriam esses furos provocados por desconhecimento ou necessários para se obter o efeito artístico que torna esse filme tão bom?
Aqui uma indicação para satisfazer essa curiosidade: https://youtu.be/CcM4eEE4R0Q
A segurança da informação desses canais também é importante e para isso foi criada uma comunidade chamada Science Vlogs Brasil, que reúne canais de divulgação científica Brasileiros no YouTube. Fazer parte dessa comunidade é como receber um selo de que as informações divulgadas nesses canais foram testadas e tem embasamentos científicos e não formuladas a partir de mera opinião.
Abaixo alguns artigos sobre essa comunidade e sua importância:
https://revistapesquisa.fapesp.br/youtubers-na-ciencia/
Existe também, e por fim, outro elemento importantíssimo nesse processo. É muito chato a gente sentar e assistir apenas os cientistas falarem sobre seus saberes sem que a gente possa participar e também se sentir parte na produção do conhecimento; coletivamente é sempre mais prazeroso, não?
Então esses canais se preocupam em tornar a ciência interessante e, em alguns casos, participativa. Por isso algumas instituições investem em criar comunidades nas redes sociais para que informações possam ser trocadas. Aqui um exemplo de um perfil da UFABC na rede Instagram.
https://instagram.com/astroufabc?igshid=1hjrx8pu2qy8h
E com isso encerramos nossa primeira jornada pelo universo dos conhecimentos. Esperamos que tenham gostado e, para a semana que vem vamos falar e dar destaque à contribuição dê cientistas, homens e mulheres, pretos
para o mundo.
Você sabia, por exemplo, que foi graças ao cérebro de três mulheres afro-americanas que os Estados Unidos desenvolveram seu programa espacial?
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