A data é comemorada em homenagem ao dia em que foram registradas as primeiras imagens em movimento em território brasileiro, no ano de 1898, pelo ítalo-brasileiro Afonso Segreto, o primeiro cinegrafista e diretor do país. Essa filmagem inaugural é composta por imagens que registram as fortalezas e os navios de guerra da Baia da Guanabara, com tomadas feitas do navio francês Brésil.
 
Um ano antes, Paschoal Sereto, irmão de Afonso, tinha inaugurado, juntamente com José Roberto da Cunha Salles, a primeira sala de cinema do país, no Rio de Janeiro. A sala se chamava “Salão Novidades de Paris” onde o filme de Alberto Sereto foi exibido pela primeira vez, bem como outras projeções que deram início à cultura cinematográfica no país.
 
Nesta fase inicial, as produções do cinema brasileiro eram constituídas apenas por documentários. A fase dos filmes autorais começou em 1912 com as obras “Os Três irmãos” e “Na Primavera da Vida”, do cineasta Humberto Mauro.  A história do cinema brasileiro continua com o lançamento do primeiro filme totalmente sonorizado “Limite”, filmado por Mário Peixoto. 
 
A criação do primeiro estúdio cinematográfico  brasileiro por Adhemar Gonzaga, em 1930, o Cinédia, marcou uma nova etapa da produção cinematográfica nacional, com comédias e dramas populares. Mas foi o surgimento do estúdio Atlântida com suas chanchadas que popularizaram o cinema nacional.
 
Cia Cinematográfica Vera Cruz
 
O período de maior prestígio do cinema brasileiro aconteceu com a criação da Cia. Cinematográfica vera Cruz, em São Bernardo do Campo, em 1949, por Franco Zampari e Francisco Matarazzo Sobrinho.  Durante sua existência, de 1949 a 1954, a Vera Cruz produziu 40 longas metragens. Seu maior sucesso, “O Cangaceiro”, premiado no festival de Cannes,  teve um faturamento de 50 milhões de dólares e foi exibido em 80 países. Além dos filmes clássicos, a Vera Cruz também ficou famosa por sucessos populares como os filmes de Amácio Mazzaropi, mas o sucesso de suas produções não foi suficiente para suprir os problemas causados pela dificuldade de distribuição, fazendo com que a empresa viesse a falir em 1954.
 
Do Cinema Novo até hoje 
 
Durante a efervescência cultural e política dos anos 60, o cinema novo se consolida como uma vertente de forte cunho social e político. Um de seus precursores foi “Rio 40 Graus”, de Nelson Pereira dos Santos. Mas o grande destaque é a obra do cineasta baiano Glauber Rocha, composta por “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro” (1968).
 
O período da década de 80 foi caracterizado por um grande crise no cinema brasileiro, causada tanto pela crise econômica, quanto pelo advento do vídeo cassete, que trocou o hábito da população, que deixou de ir ao cinema para ir à videolocadora. Alguns dos poucos filmes de destaque dessa época foram “O Homem Que Virou Suco” (1980), de João Batista de Andrade, “Jango” (1984), de Sílvio Tendler e Cabra Marcado Para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho, além do documentário Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado.
 
A retomada aconteceu nos anos 90 com a criação da “Lei do Audiovisual” e produções como “Carlota Joaquina, Princesa do Brasil” (1994)  de Carla Camurati e “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles. Essa revitalização se manteve durante a entrada do século XXI, devolvendo ao cinema brasileiro o reconhecimento no cenário mundial, com diversos filmes premiados e indicados para premiações, inclusive ao Oscar. Entre os destaques desta fase estão “Cidade de Deus” (2002),  de Fernando Meirelles; “Carandiru” (2003), de Hector Babenco e; “Tropa de Elite” (2007), de José Padilha. 
 
 
 
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