Olá Leitores da Cidade. Neste texto, destacaremos alguns títulos e autores que  trazem em sua obra reflexões sobre a questão racial e suas interseccionalidades no Brasil e no mundo contemporâneo.

Parte desses livros mencionados, vocês encontrarão em nossa Rede de Bibliotecas Públicas Municipais. Para isso, é só pesquisar os títulos e em quais unidades estão disponíveis para empréstimo no site: https://bibliotecapublica.saobernardo.sp.gov.br/
 
Boas Leituras!


 


 

O negro no futebol brasileiro (1947) – Mário Filho

Este livro, do jornalista Mario Filho, que empresta o seu nome ao Maracanã, é uma obra conhecida por aplausos unânimes. Mesmo num tema como o abordado, que mostra o indisfarçável racismo contra o negro nos primórdios do futebol brasileiro, o autor conseguiu dar leveza e envolvência à obra.

 

Racismo Invisível  (2019) – Renato Ladeia

Pode-se afirmar com segurança que a questão racial possui mais de um século de tradição de pesquisas nas Ciências Sociais no Brasil, se tomarmos como marco de referência a obra de Nina Rodrigues, que remonta ao final do século XIX. Todavia, o mundo empresarial não foi o locus empírico privilegiado nas investigações sobre essa temática nesse campo científico em nosso país. A Ciência da Administração, devotada em essência ao estudo das organizações, deixou o fenômeno do racismo no esquecimento ao longo da sua formação e desenvolvimento entre nós.

 

Uma história não contada (2019) – Petrônio Domingues

O racismo à brasileira - especialmente o racismo à paulista e, ainda mais especialmente, à paulistana - é o tema desse livro. Vai-se ver pela história não contada um outro enfoque para questões antigas ou problemas não resolvidos sobre a história das relações raciais e da trajetória do negro no pós-abolição. 

 

Na minha pele  (2017) – Lázaro Ramos

Movido pelo desejo de viver num mundo em que a pluralidade cultural, racial, étnica e social seja vista como um valor positivo, e não uma ameaça, Lázaro Ramos divide com o leitor suas reflexões sobre temas como ações afirmativas, gênero, família, empoderamento, afetividade e discriminação. Ainda que não seja uma biografia, em Na minha pele Lázaro compartilha episódios íntimos de sua vida e também suas dúvidas, descobertas e conquistas. Ao rejeitar qualquer tipo de segregação ou radicalismos, o autor nos fala da importância do diálogo.

 

Um defeito de cor (2006) – Ana Maria Gonçalves

Fascinante história de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela vai contando sua vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. Inserido em um contexto histórico importante na formação do povo brasileiro e narrado de uma maneira original e pungente, na qual os fatos históricos estão imersos no cotidiano e na vida dos personagens.

 

Clara dos anjos (1922) – Lima Barreto

A bela e inocente Clara, uma mulata pobre do subúrbio, conhece Cassi Jones, um malandro sedutor de classe média. Apesar da vigilância incessante dos pais, ela sucumbe aos galanteios de Cassi e assim inicia-se um romance rápido e furtivo, que traz consequências trágicas e desastrosas. Ao ambientar a trama nos bairros da periferia do Rio de Janeiro, Lima Barreto ressalta a miscigenação cultural e o sincretismo religioso ali presentes. Assim, evidencia as diferenças de classe e o preconceito racial e socioeconômico da sociedade e das instituições do início do século XX.

 

Quando me descobri negra (2015) – Bianca Santana

Com uma escrita ágil e visceral, denuncia com lucidez – e sem as armadilhas do discurso do ódio – nosso racismo velado de cada dia, bem brasileiro, de alisamentos no cabelo, opressão policial e profissões subjugadas. Quando me descobri negra fala com sutileza e firmeza de um processo de descoberta inicialmente doloroso e depois libertador. Bianca Santana, através da experiência de si, consegue desvelar um processo contínuo de rompimento de imposições sobre a negritude, de desconstrução de muros colocados à força que impedem um olhar positivo sobre si. 

 

Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil (2011) – Sueli Carneiro

Entre 2001 e 2010, a ativista e feminista negra Sueli Carneiro produziu inúmeros artigos publicados na imprensa brasileira. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil reúne, pela primeira vez, os melhores textos desse período. Neles, a autora nos convida a refletir criticamente a sociedade brasileira, explicitando de forma contundente como o racismo e o sexismo têm estruturado as relações sociais, políticas e de gênero. 

 

As duas faces do gueto (2008) – Loic Wacquant

Em As duas faces do gueto, o sociólogo Loïc Wacquant analisa o aparecimento de um novo regime de marginalidade urbana nas sociedades ocidentais. A partir da implantação da agenda neoliberal, passa-se de uma fase de investimento em políticas de bem-estar social para políticas de penalização da pobreza. Com rico material de campo, o autor conduz o leitor ao gueto norte-americano, dissecando a estrutura do que chama de “cidade negra dentro da branca”. Não só descreve o espaço de segregação racial, como também elabora um conceito relacional de gueto: “instrumento institucional composto de quatro elementos - estigma, restrição, confinamento espacial e enclausuramento organizacional”.

 

O negro no mundo dos brancos (1972) – Florestan Fernandes

Estudando a situação do negro e do mulato na sociedade brasileira, vista a partir de São Paulo, Florestan Fernandes levanta os caminhos sinuosos assumidos pelo preconceito, os seus disfarces e o processo de segregação racial, sem agravar ou atenuar o problema. Sua visão é de que o equilíbrio racial na sociedade brasileira "procede do modo pelo qual os dois polos se articulam com um mínimo de fricção", padrão de equilíbrio que é a própria base da desigualdade racial. 

 

Palmares de Zumbi (2019) – Leonardo Chalub

Palmares de Zumbi traz uma releitura da saga de um dos maiores heróis negros do Brasil, lançando uma nova luz sobre esse guerreiro, capoeirista, rei, mas também sobre um Palmares que não seria o que foi sem Zumbi. Uma homenagem ao herói, narrada com paixão e reverência à cultura da Capoeira e ao líder quilombola. 

 

Fonte: amazon.com.br

 

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