Vamos conversar um pouquinho sobre conservação preventiva de obras de arte?


O estado de conservação de uma obra está ligado ao material na qual a obra foi elaborada, na sua técnica e na trajetória das condições de armazenagem e exposição. Quando um objeto é mantido em condições adequadas, os fatores de degradação são estabilizados, necessitando apenas de sua manutenção com procedimentos preventivos de conservação, como higienização, controle de micro-organismos e insetos, embalagens de proteção, manuseio correto, entre outros.


Os procedimentos de conservação devem ter prioridade sobre os de restauração, que só deverá ser realizada quando for estritamente necessário. A manutenção das características originais da obra deve ser uma constante preocupação, buscando a intervenção mínima.


A degradação de uma obra é um processo natural de envelhecimento e resultante de reações que ocorrem em sua estrutura, na busca de um equilíbrio físico-químico com o ambiente. Além do processo natural, existem os fatores externos que podem acelerar a deterioração.

- Os principais causadores da deterioração de uma obra ou objeto de arte de um museu


Existe um protocolo de ações e procedimentos que sistematizam e orientam o enfrentamento a esses fatores, assegurando para que ocorra o mínimo de interferência nas coleções.


1. Fatores físicos: luz (natural ou artificial), temperatura, umidade.
2. Fatores químicos: poeira, gases atmosféricos.
3. Fatores biológicos: fungos, cupins, besouros, traças.
4.Fatores antrópidos: manuseio, armazenamento e exposição incorreta, intervenção inadequada, vandalismo, roubo.
5. Catástrofes: inundações, terremotos, incêndios, guerras.


Imagine um princípio fundamental da apreciação de uma obra de arte: você precisa vê-la e, para observá-la, é necessário que se tenha um ambiente iluminado. A incidência de luz natural e artificial, presente em todos os ambientes dos museus, é um fator que ilustra bem a importância da preservação e conservação de obras de arte. Presente em todas as salas expositivas, a incidência de luz pode provocar a modificação das cores; já níveis elevados de temperatura e de umidade relativa do ar aceleram a proliferação de micro-organismos como fungos, bactérias, cupins e brocas.

 

Na imagem, podemos observar a presença de fungos, um exemplo muito comum do que ocorre quando não se tem ambiente com iluminação, temperatura e umidade controlados.


Referências:
TEIXEIRA, l. e GHIZONI, V. 2012. Conservação Preventiva de Acervos. FCC Edições
ACAM PORTINARI, 2010. Documentação e conservação de acervos museológicos: diretrizes. ACAM Portinari e Governo do Estado de São Paulo.

Fotos: a) Orbetelli, Vida Ceifada, 1995, acrílica sobre tela / b) verso de tela.

 

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