“Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos – e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera”
(trecho de Vidas Secas, de Graciliano Ramos).

Destacamos abaixo alguns autores e obras representativos do Romance Regionalista Brasileiro e que fazem parte do acervo da Rede de Bibliotecas Públicas Municipais de São Bernardo do Campo.  Consulte estes e demais títulos do acervo da Rede pelo site: https://bibliotecapublica.saobernardo.sp.gov.br/.

 

Boas Leituras!

 

 

Vidas Secas (1938) – Graciliano Ramos 

Lançado originalmente em 1938, Vidas Secas retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. O pai, Fabiano, caminha pela paisagem árida da caatinga do Nordeste brasileiro com a sua mulher, Sinhá Vitória, e os dois filhos, que não têm nome, sendo chamados apenas de “filho mais velho” e “filho mais novo”. São também acompanhados pela cachorrinha da família, Baleia, cujo nome é irônico, pois a falta de comida a fez muito magra.

 

Fogo Morto (1943) – José Lins do Rego

Zé Lins criou três personagens que retratam a decadência e ao mesmo tempo a força para a superação: o mestre artesão José Amaro, o senhor de engenho Lula de Holanda e o capitão Vitorino Carneiro da Cunha. Os três possuem o orgulho como traço comum. Esses protagonistas, somados a um elenco de coadjuvantes igualmente memoráveis, compõem um amplo espectro da sociedade brasileira na transição entre a escravatura e a sua abolição.

 

O Quinze (1930) – Rachel de Queiroz

Ao narrar as histórias de Conceição e Vicente, mais a saga do vaqueiro Chico Bento e sua família, Rachel de Queiroz, imortal da Academia Brasileira de Letras, expõe de maneira única e original o drama causado pela histórica seca de 1915 que assolou o Nordeste brasileiro. O Quinze expressa uma questão atual: o duelo entre o homem e a terra. A história da seca nordestina, as expectativas e as angústias que ela provocou são aqui retratadas com simplicidade e força.

 

Cacau (1933) – Jorge Amado

Segundo livro de Jorge Amado, Cacau é narrado em primeira pessoa por um lavrador, filho de industrial decaído, que trabalhara brevemente como operário fabril. O pequeno romance é a saga de uma tomada de consciência social e política. Atesta o clima de polarização ideológica da época em que foi escrito e o entusiasmo revolucionário de seu jovem autor.

 

O Tempo e o Vento (1943) – Érico Veríssimo

A trilogia ― formada por O Continente, O Retrato e O Arquipélago ― percorre um século e meio da história do Rio Grande do Sul e a do Brasil, acompanhando a formação da família Terra Cambará. Num constante ir e vir entre o passado ― as Missões, a fundação do povoado de Santa Fé ― e o tempo do sobrado sitiado pelas forças federalistas, em 1895, desfilam personagens fascinantes, eternamente vivos na imaginação dos leitores de Érico Veríssimo: o enigmático Pedro Missioneiro, a corajosa Ana Terra, o intrépido e sedutor Capitão Rodrigo, a tenaz Bibiana.

 

 

Consulte acervo on-line da Rede de Bibliotecas Públicas da Cidade:

https://bibliotecapublica.saobernardo.sp.gov.br/

 

 

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