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Lanchonete Escola cria perspectiva de futuro para jovens de SBC

Lanchonete Escola cria perspectiva de futuro para jovens de SBC

19 de 3 de 2015 Marco Borba
Criado em 2011, curso já formou 330 meninos e meninas em situação de vulnerabilidade social

A perspectiva de futuro e inserção no mercado de trabalho está presente na vida de 36 jovens e adolescentes que participam do curso de atendente de lanchonete do projeto Lanchonete Escola, desenvolvido pela Fundação Criança em parceria com a Secretaria de Educação de São Bernardo. Iniciado em junho de 2011, o curso – dura três meses (200 horas) e atende jovens de 17 a 21 anos em situação de vulnerabilidade social – já formou 330 pessoas.

Os participantes, selecionados no início do ano, têm aulas teóricas e práticas sobre produção de lanches, salgados, sucos, manipulação, conservação e distribuição de gêneros alimentícios. Os alunos também recebem bolsa-auxílio no valor de R$ 200 para as despesas pessoais e certificado conferido pela Secretaria de Educação.

Gabriel Maurício Lourenço, 17 anos, que cursa o Ensino Médio, faz planos para o futuro. “Já tinha feito curso de auxiliar de escritório (em outra instituição). É sempre bom se capacitar o quanto a gente puder, porque as empresas exigem cada vez mais. Quero seguir os estudos e, futuramente, montar um comércio próprio.”

Para Silem Ferreira Alves, 20, moradora da Vila São Pedro, o curso é apenas o ponto de partida para concretizar o sonho de se formar em Pedagogia. “Só sabia fazer os pratos básicos, como arroz, feijão. Aprendi com minha mãe. Agora já estou aprendendo a fazer pães, doces e salgados. Assim que soube do curso, fiz logo a inscrição. É uma oportunidade muito boa para a gente se colocar no mercado de trabalho. Mas meu sonho mesmo é ser professora”, disse a aluna, que já participa das ações oferecidas pela Fundação Criança.

As aulas (teóricas e práticas) são ministradas de terça a sexta-feira para duas turmas (8h às 12h e das13h30 às 17h30) em lanchonete instalada na própria sede da Fundação (Rua Francisco Visentainer, 800, Bairro Assunção). Cada turma tem 18 alunos. A Secretaria de Educação fornece os insumos e os instrutores da área de nutrição.

Segundo a instrutora Caroline Tomé, 28, os alunos ainda aprendem noções básicas sobre pratos regionais, têm aulas sobre cidadania e participam de discussões de temas do cotidiano. “Nos assuntos do dia a dia falamos, por exemplo, como fazer o uso racional da água na cozinha para evitar desperdícios.”

Projeto – A iniciativa atende a jovens e adolescentes da cidade em situação de vulnerabilidade social e aqueles encaminhados à instituição pelo Sistema de Garantia de Direitos e pela rede de atendimento da infância e juventude (CRAS, CREAS, Sedesc, Conselho Tutelar, Ministério Público, Poder Judiciário, Fundação Criança e organizações).

Considera-se em situação prioritária para inclusão no projeto os jovens em situação de trabalho infantil; vivência de violência e/ou negligência; fora da escola ou com defasagem escolar superior a dois anos; em situação de acolhimento; em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto; egressos de medidas socioeducativas; situação de abuso e/ ou exploração sexual; com medidas de proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); crianças e adolescentes em situação de rua e os vulneráveis com deficiência.

As vagas são preenchidas observando-se a situação de vulnerabilidade ou risco social de cada inscrito. Têm prioridade aqueles encaminhados pelos diversos serviços de atendimento à criança e ao adolescente do município, levando-se em conta a prioridade em relação aos serviços de Proteção Especial (alta e média complexidades) e Proteção Social Básica.