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‘Mães de leite’ são fundamentais para a vida de bebês prematuros

‘Mães de leite’ são fundamentais para a vida de bebês prematuros

09 de nov. de 2015 Illenia Negrin
Banco de Leite Humano do Hospital Municipal Universitário é referência e tem estrutura para armazenar 400 litros

Ainda durante a gravidez, a professora Merilene Farias Silva cultivava a certeza de que, se pudesse amamentar, seria doadora de leite materno. Pesquisou sobre o assunto e decidiu que esse seria o primeiro bom exemplo que daria à filha, Carol. “É uma questão de valores. É simbólico compartilhar o leite dela com outras crianças. Não importa a quantidade. O pouco que se tem pode fazer diferença para alguém”, avalia.

Dois dias depois do nascimento de Carol, em hospital particular, Merilene buscou na internet local onde pudesse colaborar. Encontrou o Banco de Leite Humano (BHL) do Hospital Municipal Universitário (HMU) de São Bernardo. “Poderia doar onde o parto se realizou, mas optei pelo hospital público. É gratificante, e tenho incentivado outras mães a se tornarem doadoras.”

O leite obtido graças à ajuda de voluntárias é utilizado para alimentar bebês prematuros que estão internados em estado grave. Rico em anticorpos, o alimento é fundamental para o desenvolvimento e proteção dos recém-nascidos. “Principalmente para os que nascem antes das 37 semanas de gestação e com baixo peso”, explica a responsável pelo banco, a nutricionista Nerli Pascoal.  

O banco do HMU está em operação há 16 anos, desde 1999, quando o hospital foi inaugurado. Funciona 24 horas, tem estrutura para armazenar 400 litros de leite e beneficiou, em 2014, média mensal de 109 bebês. Os recipientes de vidro utilizados para acondicionar o produto e os materiais necessários para garantir a assepsia da coleta – escova para limpeza das unhas e touca de proteção para os cabelos – são fornecidos pelo hospital. E, uma vez por semana, técnicas do HMU recolhem o alimento na casa da voluntária. 

Cuidado humanizado – Além de ser referência no atendimento a bebês prematuros e no serviço de Banco de Leite Humano, o HMU adota série de medidas para promover o cuidado humanizado à mãe e ao bebê, além de valorizar o parto natural. A atenção especial começa assim que a parturiente dá entrada no hospital. Ali, ela preenche o chamado plano de parto, para que possa informar à equipe suas expectativas em relação ao atendimento e dúvidas sobre os procedimentos pelos quais irá passar. As salas de pré-parto receberam nova ambiência e agora contam com equipamentos como bola de Pilates e espaldar, instrumentos utilizados para aliviar a dor e o desconforto durante as contrações.

“Durante o trabalho de parto, a mulher ainda pode tomar banhos mornos, se movimentar, ser massageada. E pode optar também por receber analgesia, se assim preferir. Queremos ser menos intervencionistas, e realizar procedimentos mais invasivos só quando for realmente necessário”, explica a coordenadora do Cuidado Obstétrico do HMU Maria Aparecida Riva de Andrade.

Ouça na rádio Web programa sobre amamentação.