O diagnóstico precoce de hanseníase está garantindo 100% de cura nos casos da doença detectados em São Bernardo do Campo. Nos últimos anos, a quantidade de casos no município vem se mantendo estável e, em 2015, estão programadas três ações de combate e conscientização sobre a moléstia.

A coordenadora do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, Carolina Barbosa Pellegrini, afirma que, além da totalidade de cura nos casos diagnosticados, não há registro de pacientes que desistem do tratamento, que é todo feito na rede pública. “A duração do tratamento depende do tipo da hanseníase e varia entre seis e doze meses. O diagnóstico precoce ajuda no processo de cura. Além disso, o fato das pessoas não desistirem é importante para a não propagação da doença”, esclarece.

Pellegrini acredita, ainda, que há a possibilidade de queda na quantidade de casos na cidade. Em 2012, foram registrados 41 casos; em 2013, 34 e, em 2014, 42. “Há situações de pessoas que vem para São Bernardo tratar a doença. Quando uma notificação é confirmada, temos que fazer a analise daqueles que convivem com o paciente. Nossa expectativa é que essa quantidade de registros apresente queda”, explicou.

Para este ano, estão previstas três campanhas de conscientização sobre o diagnóstico precoce e combate da hanseníase. O tratamento da doença é acompanhado pelas profissionais do programa da Prefeitura, que agora funciona no Hospital de Clínicas Municipal. "Depois desse período, monitoramos o paciente por mais cinco anos para dar a alta definitiva", explicou.

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria. As pessoas devem ficar atentas aos primeiros sintomas: manchas na pele que não doem, não incomodam e não coçam, dormência, formigamento, queda de pelos no local e insensibilidade. Quanto mais cedo se começa o tratamento, mais rápida é a cura.

A transmissão da hanseníase acontece pelas vias respiratórias e, algumas vezes, pelo contato com lesões na pele. Para haver a transmissão é preciso conviver muito tempo com o portador que não esteja em tratamento. A hanseníase não mata, mas pode deixar sequelas graves, como atrofia e paralisia das mãos e pés. Se a doença não for tratada, podem aparecer nos olhos irritações, ardência, dores e até resultar em cegueira.

Informações podem ser obtidas no Programa Municipal de Controle da Hanseníase, por meio dos telefones 4353-1561 ou 4353-1562.