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Hospital Municipal Universitário presta homenagem a voluntárias

Hospital Municipal Universitário presta homenagem a voluntárias

07 de dec. de 2015 Illenia Negrin

O Hospital Municipal Universitário (HMU), que integra a rede pública de saúde de São Bernardo, realizou na manhã desta segunda-feira (7) um café da manhã especial para as voluntárias que atuam na unidade. O evento marcou o Dia Internacional do Voluntariado, comemorado no sábado (5).

O hospital, referência em cuidado materno-infantil, conta hoje com 15 voluntárias, que dedicam pelo menos quatro horas semanais ao trabalho não remunerado de apoio às pacientes. O principal objetivo é dar amparo emocional às mulheres internadas, tendo no diálogo um importante aliado para amenizar a ansiedade e tensão geradas pelo período em que permanecem sob o cuidado médico.

“As voluntárias trazem leveza ao hospital. A equipe de saúde, por mais que pratique o cuidado humanizado, precisa dar conta de toda a parte técnica da assistência, do tratamento clínico em si. E muitas vezes não conseguimos interagir com as pacientes do modo como as voluntárias fazem. O carinho delas faz toda a diferença”, afirma a ginecologista e obstetra que integra a superintendência do HMU, Monica Carneiro.

Fazem parte do dia a dia das voluntárias não apenas ouvir e acolher as pacientes, mas também auxiliar durante o pré-parto, parto e pós-parto as mulheres que chegam ao HMU para dar à luz sem acompanhante, acalentar os bebês que são deixados na maternidade, servir de “canguru” aos prematuros que precisam do contato pele a pele para terminar seu desenvolvimento e até conseguir doações de roupas para mães e recém-nascidos em situação de vulnerabilidade.

A atuação se estende à Casa da Gestante, Bebê e Puérpera, destinada a gestantes que precisam de atendimento especializado por períodos prolongados, como as classificadas como de alto risco, ou que desenvolvem doenças gestacionais. Ali, são desenvolvidas com o apoio das voluntárias uma série de atividades como oficinas de artesanato, culinária e de cuidados com a beleza. 

“Já acompanhei cinco partos. É maravilhoso. Sempre me emociono. Esse trabalho me ensina muito, principalmente a fazer tudo com amor sem esperar em troca. Não há dinheiro que pague ajudar uma mulher que precisa de apoio ou dar colo para um bebê”, comenta a voluntária Luíza Catarina Caneo, 75 anos, que atua no HMU desde 2001, ano em que o hospital abriu as portas para a iniciativa.

Outra veterana nos corredores da unidade, Vera Lúcia Turzi, 71, diz que não pensa em se aposentar tão cedo. “Fazer esse tipo de trabalho muda a cabeça da gente. Temos que lidar com uma infinidade de situações, algumas delas bem difíceis e tristes. Quando isso acontece, coloco um sorriso no rosto e sigo em frente. Essa é a minha regra número um: sorrir!”, conta. Sua colega de voluntariado, Wilma Martins Pinheiro, 70, afirma que há normas que não podem ser desrespeitadas. “Temos que agir com seriedade. Não podemos, nunca, fazer algo que é função da equipe, como dar um medicamento, por exemplo. Até para oferecer um copo d’água é preciso perguntar, porque a paciente pode estar em jejum. E jamais devemos contar história triste para nenhum paciente. Trabalhar como voluntária me fez dar mais valor à vida”, sustenta.

A secretária de Saúde participou do café da manhã e frisou a importância do voluntariado para o serviço. “O trabalho dessas mulheres faz uma grande diferença para nós e também na vida das crianças e mulheres que atendemos no HMU. O poder público, sozinho, sem essa parceria valiosa com a sociedade civil, não conseguiria resultados tão bons. Espero que esse trabalho perdure por muitos e muitos anos.”

Para estimular e valorizar o trabalho voluntário, o HMU tem realizado uma série de treinamentos que qualificam a atuação e, consequentemente, melhoram a atenção ao paciente. Neste ano, foram abordados temas como infecção hospitalar, icterícia, pré-parto, cuidados com o bebê e amamentação. “Também fazemos reuniões periódicas entre as voluntárias e a equipe multiprofissional para tirar as dúvidas sobre a rotina do hospital e procedimentos. O trabalho voluntário deve ser feito com amor, mas não podemos abrir mão do conhecimento”, finaliza a coordenadora do Serviço de Apoio ao Paciente, Maria de Almeida Pereira.