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Protocolo Manchester é implantado em novas UPAs de São Bernardo

Protocolo Manchester é implantado em novas UPAs de São Bernardo

24 de 7 de 2015 Vladimir Ribeiro
Sistema de classificação de risco para atendimento em unidades de Saúde de urgência e emergência é usado há anos na Europa

Mais duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de São Bernardo adotaram o Protocolo Manchester como forma de classificação de risco para atendimento de pacientes em unidades de saúde de urgência e emergência. Em junho, o sistema foi implantado na unidade São Pedro e, no último dia 14, na do Rudge Ramos.

O protocolo, utilizado há anos na Europa, tem o objetivo de prestar serviços de ainda melhor qualidade ao determinar, de acordo com a gravidade do quadro do paciente, a prioridade do atendimento.

Em São Bernardo, a nova forma de classificação de risco já era usada no Hospital e Pronto Socorro Central e nas UPAs Baeta Neves, União/Alvarenga, Riacho Grande e Pauliceia. A previsão é que no dia 4 de agosto a unidade Demarchi/Batistini passe a adotar o sistema e, no início de novembro, as UPAs Silvina/Ferrazópolis e Alves Dias/Assunção. Assim, toda a rede municipal de urgência e emergência estará coberta.

O sistema prevê que, ao chegar à unidade, o paciente seja avaliado por enfermeiros treinados para determinar a gravidade do caso. Por meio de perguntas objetivas, o profissional avalia queixas e sintomas e o classifica, conforme a urgência do atendimento, em cinco categorias. Em seguida, ele recebe uma etiqueta adesiva com a cor correspondente ao seu grupo de risco.

Os casos gravíssimos, com necessidade de atendimento imediato, são classificados como vermelho. A cor laranja se destina aos pacientes que apresentam casos graves, que precisam de atendimento o mais rápido possível. A cor amarela representa os casos de gravidade moderada, com necessidade de atendimento, mas sem risco imediato. A classificação verde indica os pacientes com pouco risco de complicação, que podem aguardar atendimento. Por fim, o azul é destinado aos pacientes com casos de baixa complexidade, que podem esperar atendimento ou procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

O diretor do Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência e Emergência da Secretaria de Saúde, Thiago Marchi Sacoman, explicou que, para a implantação da nova forma de atendimento, é necessário que os trabalhadores da unidade passem inicialmente por uma sensibilização. Depois, os profissionais que avaliarão a prioridade dos casos recebem capacitação ministrada pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco, órgão responsável por validar a implantação do Protocolo Manchester no País.

Até o momento, cerca de 250 profissionais, principalmente enfermeiros e médicos, passaram por esse treinamento e avaliação. “Esse trâmite leva um tempo para ser colocado em prática e, por isso, há um período de alguns meses entre as implantações nas unidades”, disse.

Sacoman disse que, a partir do novo conceito de classificação de risco, verificou-se que cerca de 70% dos casos atendidos nas unidades de pronto atendimento poderiam ser resolvidos em UBS. “Nas UPAs onde já é adotado o protocolo, notamos que grande parte dos casos é classificado como verde e azul”, afirmou.

Sistema está em 19 países - O Protocolo Manchester foi criado em 1997 pelo médico Kevin Mackway-Jones, que trabalhava em um hospital de urgência e emergência na cidade inglesa de mesmo nome.  Após se debruçar sobre o perfil dos atendimentos e os índices de mortalidade de pacientes que davam entrada no serviço, ele entendeu que era preciso criar mecanismos de triagem.

O Protocolo Manchester é adotado por unidades de saúde de 19 países, com destaque para Portugal, que tem o sistema em quase 100% de sua rede.