Primeiro bairro de São Bernardo onde foi implementado o serviço de coleta seletiva porta a porta, há dois anos, o Rudge Ramos recebe agora uma nova ação. Dessa vez, a campanha Comércio Amigo da Coleta Seletiva visa conscientizar os donos de estabelecimentos comerciais sobre a importância de separar para a reciclagem os materiais descartados. A iniciativa, que teve início no começo desta semana, prevê alcançar, até o fim do mês, os 431 pontos de comércio instalados no bairro.

Para atingir o público esperado, cinco agentes da SBC Valorização de Resíduos, empresa contratada pela Prefeitura, estão percorrendo as 19 vias do bairro que concentram o maior número de estabelecimentos, como a Avenida Senador Vergueiro, com 130 pontos, a Caminho do Mar (83), Dr. Rudge Ramos (52), Avenida São João Batista (42) e Afonsina (39). Os comerciantes recebem material informativo sobre a importância da ação e sobre o que pode e o que não pode ser separado para a reciclagem.

De acordo com Suene Lipinski, que coordena a comunicação visual da SBC Resíduos, grande parte dos pontos comerciais não participava da coleta seletiva, conforme pesquisa realizada neste ano. “Nossa intenção é esclarecer os comerciantes sobre o modo adequado de contribuir para a coleta seletiva. Esperamos que todos façam a sua parte”, disse.  Os que aderirem à iniciativa vão receber um certificado e um selo de identificação.

Para incentivar ainda mais a participação na coleta seletiva, a partir de 3 de novembro, de segunda a sábado, das 12h às 18h, começa um esquema especial de coleta para os estabelecimentos comerciais. Por meio de motocicleta ou microcoletor, os materiais recolhidos serão levados até o Ecoponto da Vila Vivaldi, o mais próximo do bairro, de onde seguem para a Cooperativa de Reciclagem.

Na cidade - A coleta seletiva porta a porta em São Bernardo completou dois anos em junho. Nesse período, 5,3 mil toneladas de materiais foram encaminhadas para reciclagem. Por mês, são recolhidas cerca de 900 toneladas de materiais - entre papel, plástico, vidro, metal e madeira -, ou 4,2% de tudo que é descartado pela população. O objetivo da Administração é chegar a 10% até o fim de 2016. O serviço está presente em todos os bairros do município.

Podem ser separados para a coleta seletiva porta a porta papéis, papelões, jornais, revistas, cadernos, folhas soltas, caixas e embalagens em geral, incluindo longa vida, garrafas, copos, potes, sacolas, garrafas PET, latinhas de alumínio, latas e outros metais e vidros – estes últimos devem estar separados dos outros materiais e embalados de forma segura.

Há ainda produtos que podem ser reciclados, mas muitas vezes não têm esta destinação como embalagens de óleo, caixas de pizza, recipientes de margarina, potes de maionese, embalagens de extrato de tomate, de iogurte, de requeijão, entre outros. Devem ser colocados no lixo comum os restos de comida, cascas de frutas e de legumes, fotografias, fitas crepe, etiquetas adesivas, sujeira das vassouras, de cinzeiros, de animais e chicletes.

Central - A Prefeitura também investiu na construção de duas novas centrais de triagem no Bairro Cooperativa. O objetivo é conseguir processar o crescente volume de materiais recicláveis que a cidade recolhe e dar melhores condições de trabalho e renda aos catadores. 

A primeira central foi entregue em fevereiro de 2014, com capacidade para processar 25 toneladas por dia. Já a segunda foi entregue em dezembro do mesmo ano e tem capacidade para 100 toneladas diárias.