A Arena Caixa – Centro de Atletismo Professor Oswaldo Terra foi palco nesta quinta-feira (22) das provas de atletismo para atletas com deficiência (ACD nos Jogos Abertos do Interior (JAIs). Ao logo do dia, ocorreram disputas nos 100, 200, 400, 800, 1.500 e 8.000 metros; lançamentos do dardo, do disco e do peso; e provas de saltos em altura e em distância. Um dos destaques foi a presença do medalhista paralímpico Alessandro Silva, atleta que defende São Bernardo e que conquistou o ouro e bateu o recorde da modalidade na competição no lançamento do disco nos Jogos do Rio 2016, com a distância de 43,06m.

“Estar em casa é sempre bom, pois o contato com os amigos e o público é importante para a gente. Ainda não tive tempo de descansar, mas estou aproveitando esse momento de alegria que a conquista do ouro nos Jogos Paralímpicos trouxe. Poder participar desta competição é positivo, é uma prova que dá visibilidade ao nosso trabalho”, comenta Alessandro Silva, conhecido como ‘Gigante’ entre os amigos.

Segundo ele, a vitória nos Jogos Paralímpicos tem sido boa oportunidade para divulgar o atletismo e incentivar novos talentos, além de fortalecer a busca por mais patrocinadores. “É importante lembrar, independente da deficiência, que em São Bernardo foi onde comecei e me tornei campeão. E aqui há toda a estrutura para a formação de novos talentos.”

Nos Jogos Abertos do Interior, Alessandro Silva competiu nas provas de lançamento do disco e do dardo, com o objetivo primeiro de fazer o seu melhor: “Não foco no resultado, isso é reflexo do trabalho que faço. Todo mundo que se dedica de corpo e alma àquilo que faz, e faz com coração, acaba colhendo seus frutos”. Atitude que resultou em ouro nas duas provas, no dardo com a marca de 30,64m e no disco superando a marca alcançada no Rio 2016, com 43,46m.

Após a competição, ‘Gigante’ confessa que vai tirar uma semana para descansar e curtir a família e amigos: “Cheguei na terça-feira (20) de viagem e já estou aqui. Espero curtir a próxima semana com a minha família, minha esposa e filho. Eles aguentam nossa rotina de treinos e de competições, quando ficamos 40 dias ou mais longe deles, e se não fosse por essa paciência, acredito que não conseguiria conquistar tudo o que conquistei até aqui.”