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Busca pela alegria de viver é tema de peça com grupo de teatro da 3ª idade

Busca pela alegria de viver é tema de peça com grupo de teatro da 3ª idade

27 de Out de 2015 Marco Borba
“Marcas do Tempo em Novos Ventos”, encenada pelo grupo Meninas Sapecas, alterna poesias de Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo

A vida após os 60 anos pode ser vivida com alegria, jovialidade e disposição. É o que o grupo de oficina de teatro da terceira idade Meninas Sapecas retrata na peça “Marcas do Tempo em Novos Ventos”, apresentada na manhã desta segunda-feira (26) no Centro de Referência do Idoso (CRI), no Centro, para cerca de 80 pessoas. A apresentação integra a programação em homenagem ao mês do idoso, que contempla uma série de atividades de entretenimento voltadas a esse segmento da sociedade.

Conforme explica a professora da oficina de teatro Silvia Regina Stefani, o espetáculo foi montado com base em relatos da vida de cada um dos integrantes da peça – onze mulheres e um homem. “A obra é uma reflexão sobre a vida. A gente tenta mostrar que é preciso encontrar motivos para viver, usar a nossa idade em nosso benefício e realizar algo que nos traga prazer.”

Na peça um grupo de mulheres faz reflexões sobre o passado, as relações sociais, a vida em família e alguns hábitos e costumes enquanto realizam atividades do lar, como costurar e passar roupas. Em meio a essas conversas há uma espécie de autoajuda, já que a experiência de vida de uma personagem serve de parâmetro e reflexão para que a outra busque entender e viver a vida com mais otimismo e satisfação.

O ponto alto do espetáculo é o burburinho que ocorre entre as mulheres com a chegada do caixeiro viajante para vender roupas, véus e chapéus. As conversas também são recheadas com poesias de Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo e do pintor, e também poeta, Pablo Picasso em forma de cartas anônimas escritas às viúvas.

Para Silvia Regina, as atividades da oficina de teatro resultam em inúmeros benefícios aos idosos. “A leitura de textos contribui para a concentração, o fortalecimento da memória, da voz e da coordenação motora, já que nas aulas de teatro há o movimento nas cenas. Há também benefícios para a autoestima.”

A peça vem sendo apresentada desde o ano passado e, segundo Silvia Regina, um outro espetáculo já está em fase de montagem para o próximo ano.

Além de teatro, o CRI oferece outras oficinas, como piano, violão, dança cigana, pintura e crochê. As atividades são gratuitas. O CRI é vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedesc) e fica na Avenida Redenção, 271, no Centro.