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Democratização abre portas de espaços esportivos à população

Democratização abre portas de espaços esportivos à população

06 de Jul de 2016 Wilson Moço
Fim da cobrança de taxa, melhorias nos espaços e novas opções levam aproximadamente 40 mil pessoas a praticar alguma atividade

Os equipamentos já estavam lá, mas faltava ação mais efetiva para que a população pudesse se apropriar dos espaços esportivos. A prática de sorteio era usada desde 2007, mas a cobrança de taxa tirava o interesse de muita gente. A partir de 2009, primeiro ano da atual Administração, caiu a cobrança e aumentou a procura, o que levou a Prefeitura a ampliar os horários e os dias de atividades em 12 dos 21 equipamentos à disposição em todos os cantos da cidade. Nada, nada, são aproximadamente 40 mil pessoas em alguma atividade apenas nesses espaços.

O modelo de gestão democrática inclui agendamento e sorteio de dias e horários que, inclusive, avançam pela noite em campos de futebol revitalizados pela Prefeitura e que receberam iluminação e grama sintética, entre outras melhorias. No Centro Esportivo do Jardim Lavínia, por exemplo, o futebol não para, começa logo cedo e só termina às 22h, exceto aos sábados (fecha às 20h) e domingos (18h).

Mas não é apenas futebol que tem espaço no Lavínia, fechado para reforma em 2009 e reaberto em 2011, com outras melhorias, como sala para ginástica, pista para caminhada, sala de administração e novos vestiários. Por ali desfilam cerca de duas mil pessoas por semana. São crianças, adolescentes, adultos e idosos que têm aulas de ginástica, dança, alongamento, pilates, ginástica rítmica e artesanato, além do futebol.

A semana esportiva é aberta às 9h de segunda-feira, quando grupo de cerca de 40 funcionários da Volkswagen se reúne para disputados ‘rachões’ no campo de grama sintética. “Estamos aqui há quatro anos. É excelente, temos um campo muito bom, e de graça. Por enquanto esse horário é só nosso, mas se aparecer outro time vamos dividir. Isso é democracia”, diz Ailton Mota Bispo, espécie de coordenador do grupo e funcionário da montadora.

Vem quem quer - Sorteio e agendamento de dias e horários permitiram à população se apropriar de espaços esportivos de São Bernardo, mas nada pode ser mais democrático do que chegar, dar o nome, entrar em um time e disputar várias partidas de futebol para fechar a semana. É assim que as coisas são no ‘Vem quem quer’, modelo de gestão que ocupa o horário das 18h às 22h às sextas-feiras, no Centro Esportivo do Jardim Lavínia, e que reúne, em média, 100 ‘jogadores’ a cada noite, de vários bairros.

Luiz Ramos, um dos organizadores do esquema adotado desde a reabertura do espaço, em agosto de 2011, explica que o ‘Vem quem quer’ foi implementado para dar oportunidade ao pessoal que gosta de futebol, mas não faz parte de equipes ou grupos com horários e dias definidos. “Quem chega já tem de dar o nome, pois o objetivo é evitar formação de times muito fortes”, explica.

Ainda no Lavínia tem o ‘Paradão’, grupo formado por cerca de 60 jogadores acima dos 45 anos e integrantes da Associação dos Veteranos do Jardim Ipê, que tem horário reservado aos sábados, das 7h às 9h, o que não significa qualquer impedimento. Afinal, por volta das 6h30 a maioria já está no portão do centro esportivo, à espera da abertura e do sorteio que vai formar as equipes, feito por meio de tampinhas coloridas. “É o jeito mais democrático, pois se sair um time mais forte ninguém pode reclamar”, diz um dos coordenadores.

Fundada em 27 de dezembro de 2004, a Associação dos Veteranos do Jardim Ipê não se resume a futebol. Muito pelo contrário. Tem intenso trabalho social voltado a 1,2 mil crianças e a 150 adultos, com cursos de informática, judô, dança, percussão, violão, dança e caratê, entre outros.