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Conjunto de ações no dia a dia reduz riscos em períodos de chuva

Conjunto de ações no dia a dia reduz riscos em períodos de chuva

18 de Dez de 2015 Marcelo Dorador
Contenção de encostas, coleta de lixo e varrição de ruas contribuem para a prevenção de enchentes e acidentes

Lançada no dia 1º de dezembro, a Operação Guarda-Chuva 2016 promove ações para orientação e prevenção de situações de risco quanto a inundações, deslizamentos e alagamentos. O esquema prevê mutirões informativos nos setores de risco, por meio de reuniões com líderes comunitários, conselheiros, em Escolas Municipais de Educação Básica (EMEBs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O trabalho é intensificado no período das chuvas, entre dezembro e 15 de abril, mas a Prefeitura realiza importantes serviços no dia a dia, ao longo de todo o ano, que contribuem para a redução de riscos na cidade, sobretudo nesta época.

Entre as ações do cotidiano que têm impacto positivo no combate às cheias e outros problemas causados pelas chuvas de verão está a limpeza de ruas. Para se ter ideia da dimensão do trabalho, basta dizer que são varridos 16 mil quilômetros de vias. A esse número soma-se a limpeza de 5 mil bocas de lobo, importante reforço no escoamento da água acumulada nas ruas.

Outra iniciativa para ajudar a manter as ruas limpas foi a instalação de oito mil lixeiras fixas em postes, nas quais se pode depositar papel, papelão, latas e outros materiais de pequeno porte, mas que podem ser levados pela água da chuva e entupir bocas de lobo. Destaque também para a implementação de 200 Pontos de Entrega Voluntária (PEV), nos quais a população deve descartar materiais recicláveis, além de 10 ecopontos, equipamentos localizados em locais estratégicos e destinados ao recebimento de resíduos de construção, entre outros.

A coleta seletiva porta a porta, modelo iniciado em junho de 2009 pelo Bairro Rudge Ramos e que hoje cobre 100% do território de São Bernardo, é outra ponta importante das ações destinadas à preservação ambiental, geração de renda, e, indiretamente, na redução de riscos. Afinal, mensalmente são recolhidas cerca de mil toneladas de materiais recicláveis – papel, plástico, vidro, metal e madeira --, ou em torno de 5% de tudo que é descartado na cidade. Isso significa milhares de sacos de lixo nas ruas, boa parte dos quais poderia ser levada para bocas de lobo e córregos em caso de chuva forte e colaborar para inundações e enchentes.

Áreas de risco - A quantidade de áreas consideradas de risco em São Bernardo, que podem sofrer escorregamentos, inundações ou alagamentos, diminuiu de 63, em 2010, para 42, em 2014. É o que indica o mapeamento feito pela Prefeitura por meio do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). O documento é atualizado anualmente antes do período das chuvas de verão. Ainda de acordo com o levantamento, houve redução na quantidade de setores de risco na cidade, que passou de 203 para 130 no mesmo período.

 A redução é resultado de obras para a eliminação de situações de risco, como o tratamento de encostas e estabilização de taludes e a remoção de 1.980 famílias de áreas de risco. Essas famílias foram encaminhadas aos programas habitacionais da Prefeitura e parte delas já foi contemplada, pois, desde 2009, foram entregues 4.218 moradias pela atual Administração.

O secretário de Serviços Urbanos destacou que, desde aquele ano, a Prefeitura vem agindo de forma preventiva para evitar mortes por inundações ou deslizamentos. “Se em 2005 houve o registro de sete mortes por deslizamentos, desde 2010, quando iniciamos a Operação Guarda-Chuva, não registramos mais mortes. Mas, para termos de fato uma cidade mais segura é preciso o envolvimento e colaboração da sociedade, que deve cuidar para que lixo e entulho não sejam jogados nas ruas e em áreas sujeitas a deslizamentos.”

O PMRR também apontou a necessidade de 61 obras para eliminar situações de risco na cidade, sendo que 37 já foram entregues, cinco devem ser concluídas no primeiro semestre de 2016 e outras 19 estão em fase de contratação. As intervenções beneficiam mais de 7.700 famílias que estavam em áreas de risco.

Anjos da guarda - Parte importante do sucesso da Operação Guarda-Chuva é a atuação dos moradores que atuam voluntariamente nos Núcleos de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs), que contam atualmente com 160 membros em 29 comunidades.

Verônica Bárbara Carneiro Vieira, que atua com o Nupdec desde 2010 no Bairro Jesus de Nazareth, revela que um trabalho fundamental no processo é o de orientar a comunidade antes do período de chuvas: “Além de informarmos à população como notar sinais de risco em suas moradias e de deslizamento de encosta, trabalhamos muito na conscientização do descarte adequado de resíduos, já que temos um Ecoponto que atende à região, além de iniciativas importantes como o Bota-Fora”, aponta.

Operação – A Operação Guarda-Chuva tem como objetivo prevenir desastres e evitar perdas por conta de enchentes e deslizamentos no período de chuvas de Verão. O programa, lançado em 2010, combina ações preventivas, como obras para eliminar situações de risco, com ações emergenciais, urbanização, construção e entrega de moradias e o envolvimento da comunidade