A nova composição do Conselho Municipal do Orçamento (CMO) de São Bernardo tomou posse na noite desta segunda-feira (6). Com mandato de dois anos e organização paritária, o CMO conta com 20 titulares e 20 suplentes eleitos pela sociedade civil durante as plenárias do Orçamento Participativo (OP) e 20 representantes – e seus respectivos suplentes – da Prefeitura. A cerimônia de posse foi realizada no Teatro Cacilda Becker, no Centro, onde o prefeito entregou certificados aos novos conselheiros. Também participaram do evento o deputado federal Vicentinho, secretários municipais e vereadores.  

As plenárias do OP deste ano nas 20 regiões da cidade ocorreram entre os dias 1º de maio e 1º de junho. Nos encontros, além de elegerem os representantes para o Conselho, os moradores de cada comunidade apontaram três demandas prioritárias para suas regiões e uma para o conjunto da cidade. As indicações eleitas que tiverem aprovação do CMO serão incorporadas aos orçamentos de 2017 e 2018.

A secretária de Orçamento e Planejamento Participativo lembrou que a peça orçamentária deste ano é a última do Plano Plurianual (PPA) 2014/2017 e avaliou que as melhorias na cidade em setores como educação, saúde, habitação, transportes e saneamento resultam do planejamento de longo prazo idealizado no Plano de Governo.

Ao apontar a importância da participação da sociedade no planejamento e desenvolvimento da cidade, o chefe do Executivo destacou que, hoje, as demandas são diferentes das apontadas nas primeiras plenárias. “Em 2010/2011, a campeã era a área da saúde. Nas plenárias deste ano não houve pedido para esse setor, onde já avançamos bastante. Isso é sinal da revolução silenciosa que, com a ajuda da população, estamos promovendo na cidade.”

O prefeito afirmou, também, que ainda há muito a ser feito, apesar das muitas conquistas dos últimos anos – como a construção do Hospital de Clínicas Municipal, de sete Centros Educacionais Unificados (CEUs), de nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), entrega de moradias (4.852), obras de contenção de encostas e combate às enchentes (Programa Drenar). “Esses avanços ocorreram porque a população se conscientizou do seu papel na tomada de decisões. Em São Bernardo, o povo é a autoridade, diz o que precisa e como quer que seja feito.”

Conselheira reeleita pela Região H (Ferrazópolis), Luciene Neves revelou que, no início, via a iniciativa da Prefeitura com desconfiança: “Pensamos que era só mais um projeto de governo. Mas, com a continuidade da participação cidadã, vimos que é algo real. O Orçamento Participativo mudou a cidade. Trouxe as pessoas para perto da Administração. A gente já se acostumou. Agora o sentimento é de felicidade, mas, ao mesmo tempo, de preocupação quanto ao próximo ciclo.”

Como exemplo de melhorias obtidas graças à participação popular na Região H, Luciene citou as reformas na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Di Cavalcanti e do Centro Cultural Jácomo Guazzelli e a revitalização do campo de futebol do Jardim Leblon.