Sala de Imprensa Sala de Imprensa

 
Voltar

Corais de São Bernardo promovem integração entre idosos

Corais de São Bernardo promovem integração entre idosos

30 de Mar de 2015 Marco Borba
Cidade conta com quatro grupos, que se apresentam em festas e eventos

Soltando a voz. As aulas e apresentações dos quatro corais da terceira idade de São Bernardo têm tirado do isolamento e contribuído para a socialização de dezenas de homens e mulheres em São Bernardo do Campo. Ao menos uma ou duas vezes vez por mês cada um desses grupos – são 128 integrantes no total – se apresenta em eventos da cidade, como festas e celebrações religiosas. Os corais são: Cristal, Sakurá, Feliz Idade e Máster Encanto, este último composto por alunos da Faculdade da Terceira Idade.

Os três primeiro ensaiam nas dependências do Centro de Referência do Idoso (CRI), ligado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedesc), enquanto que o Máster Encanto, na Faculdade de Direito de São Bernardo. O Coral Feliz Idade, que tem Helaine Lobo como regente, é o único ligado ao CRI. Os demais são independentes.

“A participação nas aulas ajuda a tirar essas pessoas do isolamento, contribui para a integração. Algumas delas são viúvas e quase não saíam de casa. Algumas chegaram aqui com quadro de depressão e elas mesmas contam que, depois que passaram a frequentar o coral e outras oficinas oferecidas pelo CRI, passaram a ter uma vida melhor, fizeram amizades”, conta Helaine Lobo.

 

A coordenadora do Máster Encanto, Fernanda Meyer, vai além. “Além da socialização, as aulas contribuem para o bem-estar, a respiração e melhora a emissão da voz. Os integrantes não aprendem apenas a cantar. Há também o enriquecimento cultural por conta do aprendizado da história da música nacional e de outros países.”

 

O Sakurá, criado há três anos, é o único que canta em outro idioma, o japonês. “Foi uma ideia minha fazer algo diferente. Montei o coral porque gosto muito de música japonesa. Nas aulas eles aprendem ritmos e melodias. Esses encontros ajudam na sociabilidade e também tem a questão cultural, já que estão em contato com a cultura de outro país”, avalia o regente e fundador do coral, Cristhian Denardi.

As amigas Vânia Tenório de Alvarenga, 67, e Darli Lavarone Monjon, 76, são as maisantigas frequentadoras do Coral Feliz Idade. Há cinco anos acompanham assiduamente as aulas de Helaine Lobo. “É maravilhoso esse convívio, traz alegria de viver. Sempre gostei de música, mas só depois que a vida dos filhos já estava encaminhada deu para iniciar as aulas”, disse Vânia, viúva há seis anos.

Darli participa das oficinas acompanhada do marido, Osvaldo Monjon. Ela conta que o gosto pela música aumentou porque o marido era músico (percussionista). “As aulas ajudam a distrair a mente. Meus filhos falam para a gente não ficar dentro de casa, então aproveitamos para fazer o que gostamos. É muito divertido, a gente faz amizades.”

 

No repertório do Coral da Feliz Idade há desde músicas clássicas a composições de Chico Buarque, Roberto Carlos e Tim Maia.