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Dança Cigana afasta idosos do sedentarismo em São Bernardo

Dança Cigana afasta idosos do sedentarismo em São Bernardo

18 de Dez de 2014 Marco Borba
Oficinas são realizadas todas as terças-feiras na Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania

Engana-se quem pensa que dançar é uma prerrogativa dos jovens. Oficinas de dança cigana oferecidas a idosos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedesc) mostram que a atividade, como meio de entretenimento e bem-estar, traz benefícios em qualquer etapa da vida. Todas as terças-feiras, 75 alunos, divididos em duas turmas, interagem e se divertem com as aulas da professora Angélica Vianna Barros, 48 anos, sem se importar com o peso da idade.

Desde que a oficina foi criada, há dez anos, Angélica transmite a magia da dança cigana para a terceira idade. Ela listou a série de benefícios: A dança contribui para o fortalecimento das musculaturas das pernas, para o equilíbrio e noção espacial nas movimentações, e também serve como terapia. A dança cigana é livre e transmite liberdade. Com essas atividades, redescobrem o prazer de viver. Alguns deles relatam que passaram por depressão, mas depois que passaram a frequentar as aulas dizem que o médico até reduziu o uso de medicamentos, como ansiolíticos.

João Conto, 61 anos, superou a timidez, começou a fazer aulas há três anos e atesta os benefícios. "Você tem de fazer aquilo que te faz bem. No meu caso, a dança ajudou a reduzir o colesterol e minimizou as complicações do diabetes. Acabei com o sedentarismo e agora também estou fazendo academia. Não pode é parar, senão o corpo trava", brinca o aposentado.

A dona de casa Elvira de Oliveira, 78, frequenta a oficina há dois anos e garante que a dança transformou sua vida. No início, conta, ficou na dúvida sobre se devia seguir, porque o marido era pastor metodista e ela não se sentida à vontade para ir sozinha às aulas. "Ele até veio algumas vezes, mas ficava um tempinho e já queria ir embora. Ele tem 84 anos e estava com depressão, mas um dia ele me disse: `Filha, estou com esse problema (depressão), mas não é por isso que você tem de ficar em casa também, saia, vá ser feliz", relatou, emocionada.

Feliz com a atitude do marido, Elvira fala que a dança resgatou seu amor pela vida. "Hoje ele está melhor. Dia desses, assim que acordamos, ele perguntou se eu estava bem e falou que estou mais bonita. Acho que as aulas é que trouxeram esse benefício", acredita a dona de casa, que é mãe de cinco filhos, 23 netos e 12 bisnetos, e se diz cheia de energia para seguir dançando para a vida.

As oficinas de dança cigana são realizadas no Centro de Referência do Idoso (CRI), na Rua Redenção, 271, Centro. Podem participar pessoas com 60 anos ou mais. Informações pelo telefone 4126-3675.