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Em dois anos, coleta seletiva porta a porta de SBC arrecada 5,2 mil toneladas

Em dois anos, coleta seletiva porta a porta de SBC arrecada 5,2 mil toneladas

10 de Jun de 2015 Cosmo Silva
Serviço, presente em toda a cidade, já recicla 4,2% de tudo que é descartado pela população, índice superior ao nacional

No mês em que é celebrado dois anos do início do serviço de coleta seletiva porta a porta em São Bernardo, a cidade contabiliza cerca de 5,2 mil toneladas de materiais já encaminhados para reciclagem. Por mês, são recolhidas 900 toneladas de materiais - entre papel, plástico, vidro, metal e madeira -, ou cerca de 4,2% de tudo que é descartado pela população. O objetivo da Administração é chegar a 10% até o fim de 2016. O serviço está presente em todos os bairros do município.

“Quando iniciamos o debate sobre a coleta seletiva porta a porta, muitas pessoas achavam que queríamos acabar com os catadores na cidade. Na realidade, era o contrário. Nossa intenção sempre foi agregá-los ao processo, com condições melhores de trabalho e aumento de renda”, ressalta o secretário de Serviços Urbanos. Hoje, o material coletado é encaminhado para duas cooperativas da cidade que, juntas, empregam 115 trabalhadores.

A renda dos catadores, inclusive, aumentou com o início da coleta porta a porta em São Bernardo. Antes, os trabalhadores recebiam cerca de R$ 700 por mês, valor que chega a R$ 1.300 agora.

A coleta seletiva porta a porta em São Bernardo foi iniciada pelo atual Administração em junho de 2013. O primeiro bairro a receber o serviço foi o Rudge Ramos. Na sequência, foi ampliado gradativamente para outras regiões. Na época, o índice de reciclagem na cidade não chegava a 0,9%. Hoje, já ultrapassa os 4%, número que está acima das médias estadual e nacional, que são de 3%. Nos bairros de difícil acesso, a coleta é realizada pelas motolixos. Podem ser separados para a coleta seletiva porta a porta papéis, papelões, jornais, revistas, cadernos, folhas soltas, caixas e embalagens em geral, incluindo longa vida, garrafas, copos, potes, sacolas, garrafas PET, latinhas de alumínio, latas e outros metais e vidros, que devem estar separados dos outros materiais e embalados de forma segura.

Devem ser colocados em lixo comum os restos de comida, cascas de frutas e de legumes, guardanapos e lenços de papel usados, papéis e papelões engordurados, fotografias, fitas crepe e etiquetas adesivas, sujeira das vassouras, de cinzeiros, de animais e chicletes.

“A população tem papel fundamental nesse processo. É muito simples: basta separar o lixo seco do molhado em duas sacolas diferentes”, afirma o secretário.

Central de Triagem - A Prefeitura também investiu na construção de duas novas centrais de triagem no Bairro Cooperativa. O objetivo é conseguir processar o crescente volume de materiais recicláveis que a cidade recolhe e dar melhores condições de trabalho para os catadores. 

A primeira central foi entregue em fevereiro de 2014, com capacidade para processar cerca de 25 toneladas por dia. Já a segunda central foi entregue em dezembro do mesmo ano e tem capacidade para 100 toneladas diárias.

Usina – Outra importante iniciativa da Prefeitura é a implantação do Sistema de Processamento e Aproveitamento de Resíduos e Unidade de Recuperação Energética (SPAR-URE), que vai gerar energia limpa a partir da queima de lixo e terá potencial para aumentar o percentual de material recicla. A usina será instalada no antigo Lixão do Alvarenga, que será recuperado ambientalmente. Como parte dessa ação, que já conta com parecer favorável da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), estão previstas a captação e tratamento do chorume - substância líquida resultante do processo do apodrecimento de matérias orgânicas -, e das águas contaminadas, assim como a construção de um parque de 300 mil metros quadrados para lazer da população.

A previsão é que sejam gerados cerca de 17 MW/H com a queima do lixo pela usina, o suficiente para garantir a iluminação pública de uma cidade com aproximadamente 170 mil habitantes.