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Fórum Permanente de Homens realiza ato de repúdio à violência contra a mulher

Fórum Permanente de Homens realiza ato de repúdio à violência contra a mulher

04 de Mai de 2016 Marco Borba
Atividade reúne representantes do poder público e da sociedade civil no Parque da Juventude, a partir das 18h

Criado no último dia 29, o Fórum Permanente de Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher de São Bernardo do Campo, que reúne representantes da sociedade civil e do poder público, realiza no dia 6 de maio, a partir das 18h, no Parque da Juventude (Avenida Armando Ítalo Setti, 65, Centro), ato de repúdio a essa modalidade de violência. A manicure Raimunda Elizabeth Alves de Lima, assassinada pelo marido no dia 25 de abril, no Jardim Thelma, será uma das homenageadas no evento.

O fórum é formado só por homens e a ideia é envolver poder público e sociedade civil – Associações Amigos de Bairro, Conselhos Tutelares, sindicatos, igrejas, escolas, empresas, órgãos de segurança (Guarda Civil e polícias Civil e Militar) e Ministério Público – na discussão de políticas públicas e no planejamento de ações de conscientização do público masculino, já que os atos de agressão não se concentram apenas no plano físico, mas também no verbal e psicológico.

A Prefeitura de São Bernardo desenvolve diversas políticas e ações voltadas à proteção da mulher, como o Centro de Referência e Apoio à Mulher Márcia Dangremon (que acolhe mulheres vítimas de violência), o projeto Mulheres da Paz, educação não sexista no currículo escolar de jovens e adultos, capacitação sobre igualdade entre mulheres e homens no Programa Saúde na Escola (PSE), e a campanha do Laço Branco, que também envolve apenas homens.

A campanha do Laço Branco surgiu em 1989, após mobilização de homens canadenses pelo fim da violência contra a mulher como resultado do massacre de 14 mulheres estudantes de Engenharia da Universidade de Montreal. Desde 2013, o município tem intensificado as ações por meio de campanhas, oficinas e seminários que abordam o tema.

A Administração também desenvolve políticas e ações afirmativas pela igualdade entre mulheres e homens, como as oficinas de masculinidade (capacitação sobre os diversos papéis desempenhados pelos homens na sociedade e na família).

Estudos apontam que as diversas formas de violência (física ou sexual) afetam um terço das mulheres em todo o mundo, segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2013, sendo que muitas destas agressões são feitas pelo parceiro.

Estima-se que entre 2001 e 2011 ocorreram no Brasil mais de 50 mil feminicídios, o que equivale a aproximadamente 5 mil mortes por ano. Acredita-se que grande parte desses óbitos decorre de violência doméstica e familiar contra a mulher, uma vez que cerca de um terço deles teve o domicílio como local de ocorrência.

No Brasil, em 7 de agosto de 2006 a violência doméstica e familiar contra a mulher foi criminalizada. A Lei 11.340 – batizada de Lei Maria da Penha Maia Fernandes, militante dos direitos das mulheres, que ficou paraplégica por conta das agressões sofridas pelo marido – é resultado de luta histórica do movimento feminista e das mulheres por uma legislação contra a impunidade.