Muitas pessoas desenvolvem algumas alergias e infecções de pele na época do verão, desencadeadas, principalmente, pela exposição ao sol, calor e aumento do suor. Na rede municipal de Saúde, os casos mais comuns neste período são as micoses, herpes labial, frieiras e brotoejas.

Segundo a dermatologista Wilani Caldas Watanabe, os casos mais frequentes são de micose, desencadeada pelas altas temperaturas e pelo suor excessivo. “Elas podem surgir com manchas esbranquiçadas a avermelhadas, com coceira e em qualquer região do corpo, sendo mais comuns nas dobras como virilha, axila e entre os dedos dos pés, que são as famosas frieiras”, esclarece.

Às vezes as micoses são confundidas com processos alérgicos, por isso é importante consultar um médico para um diagnóstico correto. As alergias geralmente são causadas por reação a determinadas substâncias e à sensibilidade à exposição solar. “Quando for tomar sol, é importante evitar o uso de maquiagens, perfumes e o contato da pele com algumas frutas ácidas como limão, figo e abacaxi, que podem provocar queimaduras e manchar a pele”, alerta a Dra Wilani.

A acne solar é outra dermatose que pode surgir nesse período. Ela surge como uma lesão com formação de bolinhas duras em áreas do corpo provocadas pelo uso de substâncias oleosas que, em contato com o sol, causam o entupimento das glândulas sebáceas.

Já a herpes labial, causada pelo vírus do herpes simples, é bastante frequente no verão porque a exposição solar pode levar a uma baixa na imunidade, que facilita a reativação do vírus. Alimentação saudável e balanceada e cuidados na hora de tomar sol fazem parte da lista de hábitos que evitam a manifestação do vírus.

Câncer de pele – No entanto, entre os principais cuidados está a prevenção ao câncer de pele, que é o câncer mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência e mais baixa mortalidade. Seu surgimento é mais comum em pessoas com mais de 40 anos e pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas.

O surgimento de manchas e pintas ou modificações como alteração da cor, crescimento, coceira, sangramento e feridas que não cicatrizam podem ser sinais da doença. Nestes casos, o indicado é procurar um especialista o quanto antes para o diagnóstico precoce e tratamento. Por isso é indicado o uso diário de filtro solar.

A dermatologista Wilani Watanabe indica 5 cuidados indispensáveis para uma pele saudável no verão:

• Evite a exposição solar entre as 10h e 16h. É nesse horário que ocorre a maior incidência de radiação solar;

• Use filtro solar diariamente, mesmo com o tempo nublado, e escolha o fator de proteção adequado ao seu tipo de pele. O protetor deve ser usado desde a infância, a partir dos seis meses de idade;

•  Acessórios de proteção como chapéus, óculos e roupas leves também ajudam a bloquear os raios solares;

• Tome bastante líquido durante o dia para evitar a desidratação do corpo: água, suco de frutas e água de coco;

• Em caso de qualquer alteração na pele, procure o serviço de saúde para um diagnóstico correto e tratamento adequado.