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Política habitacional garante moradia digna a centenas de famílias

Política habitacional garante moradia digna a centenas de famílias

24 de Jun de 2016 Marco Borba
Prefeitura entregou 4.852 unidades habitacionais desde 2009; município investe anualmente 8,3% de seu orçamento na área

A expansão populacional, a intensa chegada de migrantes a partir dos anos 1950 e o fechamento de postos de trabalho no início dos anos 1990 empurraram centenas de famílias para a periferia de São Bernardo. Tal processo resultou na ocupação irregular e degradação – com moradias precárias e favelas – de áreas públicas, algumas delas situadas em áreas de encosta e de preservação ambiental, como no Grande Alvarenga e Montanhão.

Para minimizar os efeitos da falta de moradia e do crescimento desordenado, a Prefeitura traçou amplo plano habitacional e, desde 2009, construiu e entregou 4.852 unidades habitacionais, distribuídas em dez áreas que contaram ainda com obras de urbanização, como instalação de redes de água, esgoto e pavimentação. O município investe anualmente 8,3% de seu orçamento na área habitacional, acima da média nacional, de 0,2%.

As novas moradias acolheram famílias que passaram décadas vivendo em alojamentos precários ou amontoados de barracos à beira de córregos sem as mínimas condições de saneamento e que, não raras vezes, eram invadidos pelas enchentes ou desabavam com a chuva.

Entre as centenas de famílias atendidas, está a da aposentada Ilda Alves Ferreira Campos, que em maio deste ano recebeu uma das 12 unidades entregues no Bairro Capelinha, região do Riacho Grande. Ela chegou ao bairro na década de 1980 com seus três filhos. “Quando cheguei o bairro era bem diferente, pois as ruas eram ruins e tinha esgoto a céu aberto. O bairro está mudando para melhor”, elogia.

Também em maio, Marlene da Silva comemorou o fim do aluguel ao receber as chaves de uma das oito unidades entregues na Vila São Pedro. “Estou muito feliz, é a realização de um sonho. Vou morar ao lado de uma avenida e não à beira de um córrego”.

A área onde estão construídas as unidades, na Avenida Nelson Mandela, integra o Projeto de Urbanização Integrada dos Assentamentos Precários dos Córregos Saracantan e Colina (segundo trecho), coordenado pela Secretaria de Habitação, que será responsável pela regularização das unidades. O projeto foi elaborado com o objetivo de assegurar moradia adequada e eliminar condições de risco à vida para as 2.897 famílias cadastradas.

Janice Carmo da Cruz foi uma das primeiras a receber as chaves das primeiras moraditas entregues no Jardim Silvina, em 2011. Após passar 46 anos vivendo em condições precárias em um barraco na Favela Naval, ela deixou para trás o passado de insegurança ao se cadastrar no programa habitacional da cidade. “Hoje tenho um endereço e um local digno para me abrigar da chuva e do frio.”