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Programa Quebra Tabu é apresentado a diretores de escolas de SBC

Programa Quebra Tabu é apresentado a diretores de escolas de SBC

29 de Jul de 2015 Marcelo Dorador
Iniciativa, resultado de parceria com a Secretaria de Saúde da cidade, tem o objetivo de apresentar aos estudantes conceitos ligados à educação sexual

Na manhã desta quarta-feira (15), diretores das 70 escolas estaduais de São Bernardo que oferecem aula para alunos do ensino fundamental II (do sexto ao nono ano), participaram do lançamento do programa ‘Quebra Tabu’, no auditório da Diretoria Regional de Ensino de São Bernardo, no Bairro Nova Petrópolis. A iniciativa é desenvolvida pelo Instituto Kaplan, organização não-governamental de educação sexual, por meio de parceria com a Secretaria de Saúde do município, a Secretaria Estadual de Educação, a empresa MSD – Merck Sharp & Dohme Corp –, do ramo farmacêutico.

No encontro foi apresentado o projeto, uma metodologia de educação sexual, desenvolvida pelo Instituto Kaplan, que tem como objetivo complementar o currículo de formação dos adolescentes. De acordo com a diretora do instituto, Maria Helena Vilela, o ‘Quebrando Tabu’ é um método lúdico de discutir esses temas entre os alunos. “Elaboramos a metodologia seguindo as diretrizes do Ministério da Educação para estimular a tomada de decisão consciente dos alunos sobre o cuidado com o seu corpo, na prevenção das DST/Aids e gravidez na adolescência.”

De acordo com Maria Helena, serão capacitados os coordenadores pedagógicos das escolas estaduais e os responsáveis pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que posteriormente multiplicarão o conteúdo com professores de ciências e profissionais de saúde. “Esta será a primeira vez que profissionais de saúde e de educação serão capacitados simultaneamente. Os multiplicadores das UBS servirão como profissionais de referência para as escolas, contribuindo com os professores durante a implantação das oficinas, divulgando os serviços das UBS nas escolas e acolhendo, diretamente nos postos, os alunos que forem em busca de atendimento”, afirmou.

O psicólogo Caio Westin, responsável pela Área de Prevenção do Programa DST/Aids/Hepatite da cidade ressalta a importância de trabalhar os temas de educação sexual. “Só assim será possível enfrentar o aumento dos casos de doenças sexualmente transmissíveis. Oferecer informação é a principal forma de fazer os adolescentes efetivamente se prevenirem.”

A dirigente regional de ensino, Suzana Aparecida Dechechi de Oliveira, ressalta que a adesão ao ‘Quebrado Tabu’ se deu no sentido de melhorar a qualidade de vida dos alunos. “Enquanto educadora e gestora da área, nosso papel é contribuir para a formação destes jovens. E com esta metodologia podemos trabalhar para que o jovem consiga entender e realizar suas escolhas com responsabilidade e segurança.”

Após a capacitação dos profissionais, programada para ocorrer em dois módulos de 16 horas, os professores estarão aptos para aplicar a metodologia em suas escolas, o que deve acontecer a partir do primeiro semestre de 2016. Cerca de 42,5 mil alunos do sexto ao nono ano, na faixa etária de 10 a 17 anos, devem ser beneficiados com o projeto.

Metodologia - O programa ‘Quebra Tabu’ contempla a realização de, no mínimo, três oficinas em cada ano letivo, de acordo com o interesse e a capacidade cognitiva de suas respectivas faixas etárias. As iniciativas são realizadas por meio de dinâmicas de grupo e jogos criados pelos profissionais do Instituto Kaplan.

Para os estudantes do sexto ano, o foco das oficinas é a puberdade: a primeira aborda as mudanças do corpo, a segunda, as expectativas pessoais e sociais e, a terceira, ensina noções de higiene. No sétimo ano, o tema central é o corpo reprodutivo e as oficinas são divididas em reprodução humana, menstruação e espermatogênese; responsabilidade e prevenção. Já no oitavo ano, é discutido o corpo sexual, com oficinas sobre a tomada de decisão sobre a primeira vez, os mitos e verdades sobre a primeira relação sexual e os métodos contraceptivos. Por fim, no nono ano, a temática gira em torno das doenças sexualmente transmissíveis, com interações sobre o corpo e as DST/Aids, a negociação do uso da camisinha e a cadeia de transmissão das doenças.

“O conteúdo é predefinido e restrito, mas já pudemos comprovar em outros municípios que é suficiente para, ao fim do ensino fundamental, os alunos terem recebido um aprendizado capaz de torná-los aptos a olhar e viver a sua sexualidade com responsabilidade”, aponta Maria Helena.