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Sonho da casa própria vira realidade para 300 famílias às vésperas do Natal

Sonho da casa própria vira realidade para 300 famílias às vésperas do Natal

19 de Dez de 2015 Marco Borba
Apartamentos vão abrigar famílias que antes moravam em áreas de risco e em alojamentos precários no bairro

O sonho da casa própria se tornou realidade para 300 famílias que vão morar no Condomínio Manacás do Residencial Ponto Alto, no Jardim Silvina. As chaves foram entregues neste sábado (19) pelo prefeito de São Bernardo, em cerimônia que contou com as presenças da presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, dos secretários de Serviços Urbanos e coordenador de Governo, de Orçamento e Planejamento Participativo, de Habitação e vereadores.

Essas são as primeiras moradias construídas com recursos federais do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) na cidade. As unidades, que vão abrigar famílias que antes moravam em áreas de risco e assentamentos precários do bairro, foram erguidas em terreno doado pela Prefeitura ao Fundo de Arrendamento Residencial. As 260 unidades restantes, do Condomínio Embaúbas, estão em fase final de construção e serão entregues posteriormente.

No evento também foi entregue parte da extensão da Avenida Padre Léo Comissari, que consta no projeto de urbanização integrada dos assentamentos precários da região. A via recebeu asfalto, guias, sarjetas e nova iluminação. O projeto recebeu recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Juntos, os dois projetos (PAC e MCMV) vão beneficiar 3.341 famílias. O primeiro, com a urbanização e produção habitacional, vai atender 2.587 famílias, e o segundo as 560 com os apartamentos acima citados, além das 194 moradias que ainda serão construídas.

Acompanhada do marido Thiago Ferreira José, 33 anos, e dos quatro filhos, a cabeleireira Bruna Cláudia Moreira Ferreira, 32, se emocionou ao entrar na nova moradia: “Foram dias difíceis nesses dez anos. O medo de descer tudo morro abaixo nos dias de chuva era constante. Sem esse programa (Minha Casa, Minha Vida) não teríamos condições de comprar um imóvel”, comentou Thiago Ferreira.

Para a dona de casa Maria do Carmo Moreira da Silva, 45, a entrega dos apartamentos representa o fim de uma espera que parecia eterna: “É o maior presente que já recebi em toda a minha vida. Em 2010, após uma chuva que durou quase a noite toda, fomos retirados do barraco pela Defesa Civil. Assim que saímos foi tudo morro abaixo. Estou muito feliz, porque agora terei um lugar seguro. É um presente de Natal.” 

O prefeito parabenizou as famílias pela conquista e as orientou a zelar pelos imóveis: “É preciso que vivam de maneira organizada, que cuidem não apenas dos apartamentos, mas também das áreas de uso comum.” Também fez um alerta: “Não caiam no golpe de oportunistas interessados na compra do imóvel. Quem vender não poderá nunca mais se cadastrar em programas de habitação em todo o País, porque o sistema de informação é integrado. E quem comprar vai perder dinheiro.”

O Residencial Ponto Alto é composto por dois condomínios. As 560 unidades estão distribuídas em 24 edifícios, sendo 12 no Condomínio Manacás e 12 no Condomínio Embaúbas. Cada prédio tem quatro apartamentos por andar.

Apartamentos – Cada moradia tem 43 m² e conta com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, revestidos com piso cerâmico. O empreendimento vai reassentar famílias do próprio bairro cujas moradias precisaram ser removidas durante o processo de urbanização. Os condomínios são cercados e ambos contam com salão de festas, quadra poliesportiva, playground, estacionamento e guarita.

Todas as áreas públicas e comuns dos condomínios, bem como as moradias, foram projetadas para garantir a acessibilidade das pessoas com deficiência, incluindo vagas de estacionamento e rampas de acesso.

Das 300 famílias beneficiadas neste sábado, 212 foram retiradas de áreas de risco e vinham sendo beneficiadas com auxílio aluguel por meio do Programa Renda Abrigo. Outras 88 ainda residiam em assentamentos precários.

O valor total investido na área - incluindo as obras de urbanização, implantação de equipamentos, regularização fundiária, trabalho social e produção habitacional - foi de cerca de R$ 180 milhões.