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Turismo Industrial rompe fronteiras e atrai visitantes de outros Estados

Turismo Industrial rompe fronteiras e atrai visitantes de outros Estados

05 de Dez de 2015 Graciela Guerra
Em dois anos de programa, duas mil pessoas visitaram empresas na cidade

O carioca Danilo Mendonça, de 27 anos, decidiu que deveria conhecer a cidade de São Bernardo do Campo após ler reportagem sobre o Programa Turismo Industrial, iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. Convidou alguns amigos, mas nenhum se interessou. Determinado, agendou a visita na Prefeitura e veio sozinho. Danilo trabalha na bilheteria de uma empresa de ônibus, o que facilitou a viagem e despertou ainda mais o seu interesse por conhecer a Scania, uma das 12 parceiras no projeto: “A parte que mais gostei foi da linha de montagem de chassis para ônibus. Valeu a experiência e, quando voltar e contar, meus amigos vão querer vir.”

O programa Turismo Industrial teve início em agosto de 2013. O coordenador do projeto explica que a iniciativa da Prefeitura foi para “dar identidade turística à cidade”. A primeira empresa parceira foi a Wheaton, fabricante de produtos de vidro. Após um ano de atividades, outras indústrias aderiram ao programa e hoje, além de Scania e Wheaton, mais nove empresas fazem parte: Basf – We Create Chemistry (Tintas Suvinil e Fundação Espaço Eco); Formagis Gráfica e Editora; Friozem Logística; Masipack; MBB; Ominisis; Usina Henry Borden (Emae); Volkswagen; Zurich Termoplásticos.

Os resultados apontam que o programa avança além das fronteiras da região e alcança cada vez mais pessoas: nos dois primeiros anos, completados neste mês de novembro de 2015, foram registrados dois mil visitantes, vindos de seis Estados, além de um grupo de peruanos. A marca foi celebrada com bolo na Scania, com a presença dos secretários (Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo) e de (Serviços Urbanos), do gerente de Marketing e Eventos Júlio Soares de Abreu e do diretor de Assuntos Institucionais e Governamentais da empresa, Rogério Rezende.

A montadora já abria as portas para visitas técnicas e a grupos especiais, mas com o enfoque turístico começou há pouco mais de um ano, depois de procurada pela Prefeitura. Rezende explicou que as adaptações da empresa foram de logística, e que a parceria com o Poder Público tem sido importante. Aliás, o diretor é um entusiasta do projeto: “São Bernardo só não é mais atrativa por falta de conhecimento das pessoas, e esse é o trabalho que a Prefeitura está fazendo ao mostrar quais as possibilidades da cidade. E a gente faz parte do roteiro turístico.”

Grupo de 18 estudantes de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com idades entre 18 e 24 anos, tiveram o privilégio de participar da comemoração dos dois mil visitantes e tirar dúvidas direto com os responsáveis pelo projeto. Em clima descontraído, falaram do curso que fazem e explicaram a importância de conhecer, na prática, o que aprendem em sala de aula. Aproveitaram para perguntar ao diretor da Scania sobre o programa de estágio da empresa.

Em outubro, grupo de 12 pessoas veio de Goiás e passou a semana com a equipe que está à frente do programa Turismo Industrial. Tatiane dos Santos veio à cidade pela terceira vez, mas já organizou quatro grupos para a visita. Ela motiva o passeio pelo conhecimento e experiência que são adquiridos: “Impressiona a cultura do trabalho local, é uma produção enxuta.”

O ápice da visita à montadora é na hora de dirigir o caminhão carregado com 16.500 quilos. Para Roberta Pazzini, empresária de 31 anos de Goiás, a experiência foi uma quebra de paradigma: “É tão confortável (o caminhão) quanto meu carro”, disse, com o que concordou Carlos Eduardo Barone, estudante do Mato Grosso do Sul: “É sofisticado, tão robusto por fora e por dentro diferente.” A empresária, que também visitou outras empresas na cidade, se surpreendeu com a estrutura, organização e principalmente a limpeza. Disse que vai levar uma frase para aplicar em seu negócio: “O conceito do correto vem a partir de minhas atitudes.”

Sem habilitação - O carioca Danilo Mendonça não tem carteira de motorista. Tirou foto no caminhão, mas só pode andar como passageiro. Acredita que esse vai ser mais um motivo para correr e tirar a carteira de habilitação: “Assim, quando voltar poderei dirigir o caminhão.”

A visita na Wheaton é feita na base da caminhada, passando bem próximo de cada fase do processo, bem diferente da forma adotada na Scania, onde os visitantes vão de um ponto a outro em carrinho elétrico. Ao final da visita à fabricante de produtos em vidro, o consultor Alberto Pido, de 75 anos e 58 de empresa, explica passo a passo a fabricação de vidros e como é feita a mistura e a utilização da matéria-prima.

Com muito carisma e sabedoria, o consultor fala que o importante “é estudar e gostar do que se faz”. O estudante Gabriel Rocha Canisso, de Mato Groso do Sul, comparou as duas empresas e descreveu o processo da Weathon como mais rústico e surpreendente. “Parece massinha que vai sendo moldada aos poucos.”

Enquanto estão em São Bernardo, os visitantes aproveitam para ir a outros pontos turísticos do município, como Cidade da Criança e rotas gastronômicas, entre as quais, do Peixe e do Frango com Polenta.

O número de visitantes de cada companhia é limitado, e as normas de segurança impostas pelas empresas são obrigatórias. A agenda é controlada pelo Departamento de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo da Prefeitura de São Bernardo do Campo.

Mais informações sobre o Turismo Industrial pelo telefone: 4348-1000 ou email: turismo.industrial@saobernardo.sp.gov.br ou pelo site www.turismoindustrialsbc.com.br.